Valinhos

Mudanças recentes abrem debate sobre ‘novo Centro’

As mudanças na região central de Valinhos, no que diz respeito aos prédios e aos estabelecimentos comerciais existentes, estão em alta ultimamente. Com a inauguração de novas lojas, a demolição de antigas propriedades, passando, claro, pela saída da WestRock (antiga Rigesa) da cidade, começou a discussão sobre um ‘novo Centro’.
Algumas das mudanças são mais sutis, como a inauguração de uma loja de bijuterias (Bella Bijoux) na Rua Antônio Carlos, outras mais impactantes, como o lançamento da Loja É D+, no cruzamento das ruas 21 de Dezembro e Eugênio Franceschini, onde funcionou por décadas o Cine Saturno, último cinema da cidade (antes da inauguração do cinema do Shopping Valinhos). Nos últimos anos o local sediou o Auditório Municipal, transferido este ano para o ‘plenarião’ da Câmara Municipal.
Além da nova loja, há pouco mais de um mês a Rua Sete de Setembro recebeu um importante magazine e na Rua Antônio Carlos, onde antes existia a casa do médico Silvio Antoniazzi, ex-vereador em Valinhos e Campinas e integrante da Comissão Emancipacionista nos anos 1950, e na Rua Heitor Penteado duas grandes obras devem dar espaço, em breve, a importantes empreendimentos comerciais.

Comércio
Do ponto de vista comercial, o presidente da UCSV (União do Comércio e Serviços de Valinhos), Errol Wilson Santos, acha ‘extremamente positiva’ a chegada de novos estabelecimentos na cidade, como a Loja É D+. “Sou administrador de empresas e meu pensamento é sempre em prol do desenvolvimento econômico da nossa cidade. Algo que gere empregos e atraia público ao Centro sempre deve ser valorizado”, contou.
Questionado sobre as mudanças, do ponto de vista histórico, Santos foi enfático ao afirmar que ‘precisamos definir prioridades’. “Precisamos proteger e cuidar dos patrimônios tombados, como o conjunto da Estação Ferroviária e outros existentes na nossa cidade. Isso é um fato. Mas temos de manter o Centro atrativo para os clientes e novos empreendimentos, mesmo que tenhamos de mudar coisas consideradas históricas, mas não protegidas por lei. Uma mudança no sistema de ruas, invertendo algumas mãos para subirem em sentido à Rua Antônio Carlos, por exemplo, seria algo bom”, disse.
O presidente da ACIV (Associação Comercial e Industrial de Valinhos), Emerson Ferrari, afirmou que o progresso é inevitável. “A transformação que ele (progresso) causa muitas vezes é traumática e nos leva a um saudosismo das coisas que vivemos em nosso passado, como é o caso do local onde funcionava o Cine Saturno. É difícil, mas precisamos entender que esse não é um prédio público”, comentou.

 

Luiz Felipe Leite
Repórter

COMPARTILHE NAS REDES