VACINAÇÃO

Saúde

Vacinas contra covid-19 serão enviadas até terça para todo o Brasil

Novo lote de vacinas contra covid-19 será entregue a todos os estados e ao Distrito Federal, até esta terça-feira (10). São cerca de 1,5 milhão de doses da vacina Serum, que tem eficácia comprovada de  90% contra casos sintomáticos em adultos. 

Elas fazem parte de um lote de quase 70 milhões doses adquiridas pelo Ministério da Saúde em um pregão eletrônico para manter os estoques do Sistema Único de Saúde abastecidos por dois anos. O Programa Nacional de Imunizações espera distribuir pelo país novas remessas nas próximas semanas, totalizando 5 milhões de doses entregas até o fim do mês.

Além de ter apresentado bons resultados nos testes de eficácia e segurança, a vacina produzida pela Zálika Farmacêutica tem maior prazo de validade, e pode ser transportada e conservada de forma mais simples. O imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em pessoas acima de 12 anos. Por isso, as crianças continuarão recebendo o imunizante produzido pela Pfizer.

O Ministério da Saúde também está aproveitando as novas entregas para enviar um documento aos estados com orientações sobre a estratégia atual de vacinação contra a covid-19. Desde o começo do ano, a vacina faz parte do calendário básico das crianças. Além disso, ainda é recomendada a vacinação de gestantes, e reforços periódicos para idosos e pessoas que fazem parte de grupos vulneráveis.

As crianças devem receber a primeira dose a partir dos seis meses de idade, e a segunda deve ser tomada quatro semanas depois. Esse esquema básico vale para todas com menos de 5 anos e depois disso é preciso tomar uma dose de reforço. Já as gestantes devem receber uma dose durante a gestação, e caso isso não aconteça, precisam se vacinar durante o puerpério.

Os idosos com mais de 60 anos devem reforçar a vacinação a cada seis meses, assim como todas as pessoas com mais de 5 anos que tenham alguma imunodeficiência.

Os demais grupos prioritários, como indígenas e quilombolas, pessoas com deficiências ou comorbidades, ou ainda aquelas que estão privadas de liberdade, devem receber uma dose anual.

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RMC

Americana adota esquema completo de vacinação contra a pólio com imunizante injetável

O esquema completo de vacinação contra a poliomielite em Americana passará a ser feito com a vacina injetável, em substituição à oral (gotinha), a partir de segunda-feira, dia 4. A medida comunicada pela Secretaria de Saúde acompanha decisão do Ministério da Saúde. A imunização ocorre em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, com exceção das unidades da Praia Azul e São Vito, onde o horário de funcionamento é das 8h às 20h.

A vacina injetável já é utilizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade. Com o novo esquema, a gotinha utilizada no reforço da vacinação, aos 15 meses, também será substituída pela vacina injetável e passará a ter dose única, excluindo a dose de reforço que era prevista para os 4 anos de idade.

De acordo com o órgão federal, a vacina injetável é mais segura e eficiente, sendo que a mudança ocorre com base em critérios epidemiológicos, evidências científicas da vacina e recomendações internacionais. Países como os Estados Unidos e nações europeias já utilizam esquemas vacinais exclusivos nessa modalidade.

“O novo esquema é mais seguro, visto que se trata de uma vacina inativada, ou seja, o vírus foi completamente neutralizado, enquanto a oral, possui vírus vivo atenuado, sem contar que a vacina injetável é composta por três sorotipos de poliovírus (1, 2 e 3), enquanto a oral, somente dois (1 e 3). A nova estratégia é mais um passo adotado pelo Ministério da Saúde para erradicação da poliomielite no Brasil”, explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carla Brito.

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Valinhos

Vacina injetável contra poliomielite começa ser aplicada na segunda-feira, dia 4

Imunização será realizada em todas as UBSs
A Prefeitura de Valinhos, por meio da Secretaria da Saúde, inicia na próxima segunda-feira (4), a vacinação no esquema reforço contra a poliomielite. Serão aplicadas a vacina injetável Poliomielite 1, 2 e 3 (inativa) – VIP. A ação atende recomendação do Ministério da Saúde e ocorrerá em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade. O horário de atendimento é das 9h às 11h e das 13h às 15h, com exceção da UBS Vila Santana, que funciona direto da 9h às 15h, e das UBSs Bom Retiro, Jardim São Marcos e Jardim Paraíso, que abre direto das 9h às 18h.
A administração da vacina de reforço ocorrerá em crianças com 15 meses de idade e para aquelas que perderam a oportunidade de imunização no período de 28 de setembro a 3 de novembro, ainda com a aplicação da vacina oral.
Segundo a Secretaria da Saúde também prossegue a vacinação no esquema primário em todas as UBSs. O objetivo é reduzir o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil e empreender esforços para a erradicação da poliomielite. A meta nacional é vacinar 95% das crianças de um ano a menor de cinco anos contra a poliomielite. Segundo a Secretaria da Saúde, em Valinhos essa população corresponde a 6.531 crianças.
A DOENÇA
A poliomielite é uma doença grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 e 3 que geralmente acomete os membros inferiores de forma assimétrica e irreversível. A vacinação é estratégia fundamental para a redução do risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, visto que está eliminada no país desde 1994.

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Saúde

Um a cada 4 pais não consegue vacinar crianças, mesmo indo ao posto de saúde

Estudo brasileiro aponta desigualdade racial no acesso: o percentual de pais que não conseguiram vacinar os filhos chegou a 17% entre brancos e ultrapassou 29% entre pretos

Apesar de sua longa história de sucesso no programa nacional de vacinação, desde 2016 o Brasil enfrenta queda nos índices de cobertura vacinal de crianças. O quadro foi agravado após a pandemia de Covid-19, especialmente em decorrência da desinformação sobre a segurança e eficácia das vacinas. Um novo estudo brasileiro buscou entender as razões por trás da hesitação vacinal (além da desinformação) e descobriu que quase um em cada quatro pais (23%) não conseguiram vacinar seus filhos, apesar de terem ido a um posto vacinação – e isso tem impacto direto na decisão de retornar ou não.

Além da dificuldade em efetivar a imunização, o estudo também aponta que existe desigualdade racial no acesso: o percentual de pais que não conseguiram vacinar os filhos chegou a 17% entre brancos e ultrapassou 29% entre pretos. O estudo aponta também que 7% dos responsáveis enfrentaram dificuldades para levar os pequenos ao posto de saúde por motivos que vão da falta de tempo à dificuldade de transporte – essa probabilidade foi 75% maior entre população preta comparada à branca.

O levantamento foi conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, e os resultados foram publicados no último dia 23 de agosto na revista científica Epidemiologia e Serviços de Saúde.

Mais de 37 mil entrevistas

Para conduzir a pesquisa, os estudiosos brasileiros partiram de informações do Inquérito Nacional de Cobertura Vacinal de mais de 37,8 mil nascidos vivos em 2017 e 2018. Depois, a equipe foi a campo, nas 26 capitais do Brasil, no Distrito Federal e em 12 cidades com mais de 100 mil habitantes, para visitar todas essas famílias.

Nas residências, os pesquisadores fizeram entrevistas com as mães ou responsáveis pelas crianças e fotografaram as cadernetas de vacinação. “As informações foram digitadas e incluídas no nosso banco de dados por profissionais especializados no programa nacional de vacinação. Conseguimos uma boa qualidade dos dados porque não usamos informações autorreferidas, que poderiam ter um viés de memória”, explica o epidemiologista Antonio Fernando Boing, primeiro autor do estudo e professor da UFSC.

Ao cruzar os dados, os pesquisadores descobriram, por exemplo, que 86% das crianças com até 2 anos de idade não foram vacinadas nas idades previstas no calendário nacional. Isso as deixa em uma situação de maior risco e vulnerabilidade, por ficarem expostas a agentes causadores de doenças que podem ser controladas ou evitadas com vacinação.

Nas respostas para explicar o motivo desse atraso, as famílias citaram a distância do posto de saúde em relação à casa ou ao trabalho, falta de tempo para levar a criança até a unidade, horário inadequado de funcionamento, dificuldades de transporte para ir ao posto, não liberação do empregador e não dispor de caderneta de vacinação.

Quando foram questionadas sobre o motivo de não terem conseguido vacinar os filhos, mesmo tendo ido até o posto de vacinação, responderam que entre razões estavam: não havia imunizante disponível, a sala de vacinação estava fechada (algumas funcionam somente em dias específicos), não havia profissional de saúde para aplicar o imunizante, acabara a senha de atendimento para aquele dia ou não estavam com o documento de vacinação no momento.

Cor e raça

A partir desses resultados, os pesquisadores decidiram fazer um recorte por cor e raça para ver se havia alguma influência nesse sentido também. E descobriram que as crianças de mães pretas e pardas têm maior probabilidade de enfrentar essas dificuldades e de estarem com o esquema vacinal incompleto nos primeiros cinco e 12 meses de vida.

De acordo com Boing, a associação da cor/raça para esse desfecho se manteve mesmo quando os pesquisadores fizeram ajustes e tiraram o fator socioeconômico das análises. “Mesmo considerando outros fatores, como a escolaridade da mãe, ainda assim a associação de cor/raça se manteve maior para as dificuldades entre mães pretas”, relata.  “Além das raízes sociais, econômicas e raciais que dificultam o acesso, observamos também barreiras no serviço. Vimos que as falhas do sistema de saúde impactam mais severamente a população preta, que é a mais vulnerável.”

Hesitação vacinal

Na visão do professor da UFSC, os resultados são “estarrecedores”, pois o estudo mostra que essas famílias venceram barreiras anteriores e foram até o posto de vacinação, mas encontraram novos obstáculos.

“Em muitos casos, ir até o posto de saúde implicou um esforço muito grande, de uma negociação das mães com múltiplas partes, e não se alcançou o objetivo. Isso envolve um esforço financeiro, de conseguir sair do trabalho, de viabilizar meios para ir até a unidade. Não necessariamente essa mãe vai conseguir retornar ao posto de saúde. E, se retornar, pode não ser no tempo oportuno, colocando a criança em risco. É uma perda de oportunidade de vacinação”, frisa o pesquisador.

O infectologista pediátrico Alfredo Gilio, coordenador da Clínica de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein e professor doutor da Faculdade de Medicina da USP, também considera o resultado preocupante, especialmente devido à perda de oportunidade vacinal e ao risco de essa pessoa não voltar para atualizar a caderneta da criança.

“Vinte e três por cento desses pais saíram de suas casas e não conseguiram vacinar seus filhos. Isso pode se tornar um dificultador num momento em que estamos tentando recuperar as taxas de cobertura vacinal. Apesar dos esforços do Ministério da Saúde, ainda estamos abaixo da cobertura ideal para todas as vacinas. Qualquer coisa que atrapalhe é péssimo. Cada vez que deixam de vacinar, essas pessoas podem não voltar”, avalia Gilio.

Na avaliação do infectologista, o estudo ajuda a entender o fenômeno da queda da vacinação no Brasil. Para ele, as dificuldades dos filhos de mães pretas envolvem possivelmente a questão socioeconômica da família, o local de moradia (distante do posto de saúde, por exemplo) e o horário de trabalho. “Certamente essas crianças moram mais longe e enfrentam mais dificuldades. Precisamos tomar atitudes em cima disso”, defende.

Soluções para melhorar a cobertura

Na avaliação de Boing, por conta da Covid-19, os debates se concentraram quase exclusivamente na questão de combater informações falsas. “Isso é importante, e ações fortes para enfrentá-las precisam estar na agenda sanitária. Mas nosso estudo comprova que há outros fatores econômicos e de organização do serviço de saúde totalmente evitáveis e inaceitáveis que contribuem para esse cenário catastrófico da cobertura vacinal no Brasil”, analisa.

Para ele, modificar esse contexto exige melhorar as condições de vida da população, qualificar os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), em especial a atenção primária, e investir em ações de monitoramento e enfrentamento de desigualdades em saúde.

Segundo Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), esse resultado é preocupante e não deveria ocorrer nesse percentual tão alto. “Não se pode deixar de vacinar alguém que foi até o posto. É preciso rever os problemas estruturais do SUS, porque a perda de oportunidade é algo que não pode acontecer dentro da vacinação, ainda mais num momento de baixa cobertura vacinal”, frisa.

Para o Brasil voltar ao panorama de altas coberturas vacinais, diz Levi, é preciso construir uma demanda sustentável por vacinas e manter a confiança não só nos imunizantes, mas também no prescritor, no vacinador e no sistema de saúde. “Precisamos manter toda a estrutura que envolve a vacinação funcionando corretamente para que a hesitação seja combatida”, completa a presidente da SBIm.

Estratégias do Ministério

O Ministério da Saúde informou, em nota, que desde 2023 tem atuado com estados e municípios na implementação de uma estratégia de microplanejamento para recuperar as altas coberturas vacinais. “Dentro dessa estratégia, destacam-se ações como a ampliação dos horários de funcionamento dos postos de vacinação, campanhas locais para conscientizar a população sobre a importância e a segurança das vacinas, e a integração com o setor de educação para promover a vacinação em ambientes escolares. O combate às fake news, o monitoramento de eventos relacionados à vacinação e a melhoria dos Sistemas de Informação também são ações fundamentais”, diz a nota.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a realização de oficinas em todos os estados, seguida por monitoramento e avaliação, contribuiu para o aumento das coberturas vacinais infantis de rotina. “Comparando 2022 com 2023, apenas três das 16 vacinas do Calendário Nacional da Criança não apresentaram aumento de cobertura”.

Sobre o problema de possível falta de vacinas nos postos, o Ministério da Saúde informou que “devido à capacidade limitada da rede de frio dos postos, pode haver desabastecimento temporário de algumas vacinas, sendo recomendada a busca em outras unidades ou o retorno no dia seguinte.”

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Saúde

Ministra da Saúde comemora dados da imunização infantil

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Compromentimento dos trabalhadores e combate a fake news contribuíram

 

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, avalia que a melhoria da cobertura vacinal no Brasil é consequência do comprometimento dos trabalhadores da saúde, associado a iniciativas do governo. Além de acentuar o combate à propagação de fake news e de renovar equipamentos que garantam a conservação de vacinas por períodos mais longos, o governo tem desenvolvido estratégias locais envolvendo a sociedade.

A declaração foi feita em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministra, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Nísia Trindade comemorou os dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas.

A melhoria da cobertura em 2023 abrange as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP).

Segundo a ministra, o resultado é uma consequência do “comprometimento dos trabalhadores da saúde”. “Outro fator importante é o combate à desinformação, que desde o ano passado vem sendo combatida pela plataforma Saúde com Ciência”, acrescentou ao se referir ao programa criado com o objetivo de defender a vacinação e enfrentar a desinformação.

“O mais importante é o governo dizer a todos que têm de se vacinar”, acrescentou ao destacar que, para atingir esse objetivo, foram adotadas estratégias locais, com a sociedade e governo integrados, favorecendo também as iniciativas de atendimento à saúde nas residências, bem como os cursos e informações difundidos pela Universidade Aberta dos SUS (UnA-SUS).

Nísia Trindade destacou também a iniciativa do governo de renovar a chamada Rede de Frio, também do Programa Nacional de Imunizações, que viabiliza estruturas físicas e técnico-administrativas nas três esferas de governo que garantem a manutenção da qualidade dos imunobiológicos adquiridos pelo Ministério da Saúde, distribuídos em todo o país.

Farmácia Popular

Durante a entrevista, a ministra lembrou que atualmente 95% dos 41 itens da Farmácia Popular são totalmente gratuitos. Além de remédios para hipertensão, diabetes, asma e osteoporose, o programa distribui absorventes para meninas e mulheres.

“Os absorventes higiênicos fazem parte do programa e da implementação da lei. Antes não faziam parte, o que inclusive fez gerou muitas polêmicas durante o governo passado, apesar de ser algo tão importante para as meninas e as mulheres”, disse a ministra.

A lista completa de medicamentos e insumos disponibilizados pode ser acessada aqui. Já a lista de farmácias e drogarias credenciadas ao programa pode ser acessada aqui.

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Saúde

Saúde comemora avanço da vacinação infantil no Brasil

© Tomaz Silva/Agência Brasil

Movimento Nacional pela Vacinação é o responsável, diz ministra

 

Por Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Especialistas em vacinação e no cuidado de crianças e adolescentes apontam que avanços recentes na cobertura vacinal são resultado de ações do governo, sociedades médicas e de pais e responsáveis. E garantem que o maior grau de imunização tem o efeito imediato de salvar vidas e evitar doenças graves.

Pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgada nesta segunda-feira (15), revelou que diminuiu o número de crianças não vacinadas no Brasil. Os números tiram o Brasil da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, atribuiu a melhoria brasileira na vacinação ao Movimento Nacional pela Vacinação, lançado pelo governo em fevereiro de 2023, primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao comentar o resultado do estudo global, Nísia disse que 2023 marcou uma inflexão no comportamento da cobertura vacinal do país.

“Desde 2016, o Brasil enfrentava quedas crescentes nas coberturas vacinais de vários imunizantes do calendário infantil. Depois de conquistas tão importantes como a erradicação da varíola e a eliminação da circulação do vírus de poliomielite, o Programa Nacional de Imunizações encontrou forte risco”, assinalou.

“Mas conseguimos reverter esse cenário”, comemorou a ministra. “O movimento pela vacinação venceu com a volta da ciência e da confiança da população brasileira nas vacinas do SUS [Sistema Único de Saúde]”, afirmou.

A ministra disse que recebeu com “alegria e esperança” a notícia do aumento da cobertura vacinal de 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil. Nísia destacou ainda o empenho das “famílias que levaram as crianças para atualizar a caderneta de vacinação”.

Entre os destaques de crescimento estão as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP).

Nos 13 imunizantes que apresentaram recuperação, a média de alta foi de 7,1 pontos percentuais.

Efeito imediato

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Flávia Bravo, explicou à Agência Brasil que a reversão da queda na cobertura vacinal tem um efeito imediato e direto. “Aumentar a chance de melhorias de saúde, evitar doenças infecciosas preveníveis. Proteção é salvar vidas, evitar doenças graves”.

A integrante do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) Melissa Palmieri destacou que a maior proporção de vacinados se reflete também na maior proteção das crianças que, por algum motivo de saúde, não podem tomar determinadas vacinas.

“Esse aumento da cobertura vacinal também impacta naquelas – que é um percentual muito pequeno – que por algum motivo médico não podem ser vacinadas para algumas doenças. Isso faz com que a alta cobertura diminua a circulação desses agentes infecciosos e haja uma proteção indireta para aquelas crianças que não puderam se vacinar”, explicou à Agência Brasil.

Confiança

Flávia Bravo, da Sbim, aponta três agentes responsáveis pelos números positivos de 2023, o Ministério da Saúde, as sociedades médicas e as famílias, que, destaca, recuperaram a confiança nas vacinas mesmo estando expostas a notícias falsas e comentários não verdadeiros sobre riscos e efeitos adversos dos imunizantes.

A diretora da Sbim entende que um dos motivos que fizeram com que a cobertura vacinal tivesse caído nos anos anteriores a 2023 foi a junção de notícias falsas e um desconhecimento da gravidade das doenças.

“É muito complicado para a população lembrar do impacto dessas doenças que a gente tinha controlado exatamente com a vacinação. Você não tem o medo da doença, você tem um desconhecimento, não sabe sequer o que essas doenças são”, disse.

Essa “falta de medo da doença” se associava, segundo ela, “ao medo da vacina, a ver os eventos adversos falsos e a risco propagados que não são verdadeiros”.

Melissa Palmieri, da SBP, também reconhece os efeitos negativos da circulação de informações falsas. Ela recomenda que pais e responsáveis busquem informações confiáveis sobre a importância dos imunizantes.

“Eles devem se informar com pediatras, que estão atualizados com as recomendações do Programa Nacional de Imunizações e da SBP, bem como agências ou instituições idôneas, as secretarias municipais e estaduais de Saúde e o Ministério da Saúde, que vem trabalhando para disseminação de informações importantes para que os pais tenham a melhor decisão em vacinar”, orienta.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou o papel do personagem Zé Gotinha. “O Zé Gotinha viajou pelo Brasil levando a mensagem de que vacinas salvam vidas”.

O Ministério da Saúde e Flávia Bravo, da Sbim, apontam que uma das estratégias adotadas em 2023 e que permitiram a expansão da vacinação pelos mais diversos cantos do país foi o microplanejamento, método recomendado pela OMS que leva em conta as diferentes características das cidades. Consistem em atividades com foco na realidade local, desde a definição da população alvo, escolha das vacinas, definição de datas e locais de vacinação, até a logística.

“Quem executa as ações de imunização, no fim das contas, são os municípios”, esclarece Flávia Bravo. Ela exemplifica regiões em que a grande parte dos pais e responsáveis trabalham no horário comercial, e a campanha de vacinação precisa ser realizada em horário diferenciado.

De acordo com o Ministério da Saúde, R$ 150 milhões foram repassados em 2023 aos estados e municípios, em apoio às ações de imunização, com foco no microplanejamento, ou seja, nas ações de comunicação regionalizadas. Para este ano, está sendo destinado o mesmo valor.

Programa

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações disse que o avanço do Brasil no cenário global é também um recado para o mundo. “É uma comprovação que o programa nacional sabe trabalhar, tem vontade e, tendo condições e apoio, a gente recupera aquilo que a gente sempre soube fazer e voltar a ser uma história de sucesso”, afirmou, se referindo ao protagonismo do Brasil na imunização da população.

Flávia Bravo enfatizou ainda que as imunizações para cada doença devem ser todas tratadas como prioridades. “Qualquer uma delas, se você não atinge a meta cobertura, que para algumas vacinas é 80%, para outras é 95%, você vai acumulando suscetíveis”, disse.

“Basta um caso para virar um surto, um aumento no número de casos de doenças que são preveníveis, então não existe um calcanhar de Aquiles”, alerta.

Ela cita algumas doenças que podem voltar ao cenário epidemiológico, caso haja baixa da cobertura de imunização. “A poliomielite tem o vírus derivado do vírus vacinal circulante e fazendo surtos ao redor do mundo, que pode chegar ao Brasil e encontrar suscetíveis. O sarampo e a coqueluche são a mesma coisa”, assinala.

A especialista lembra que, recentemente, o Ministério da Saúde emitiu uma nota de alerta para a coqueluche em território brasileiro.

Melissa Palmieri, do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, lembra que, assim como o governo, pais e responsáveis têm a obrigação de atuar para garantir a segurança das crianças.

“Além da garantia em legislação pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, os pais devem assegurar de oferecer todas as ferramentas para prevenção e manutenção da saúde de seus filhos”, afirma.

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RMC

Campinas inicia aplicação da 2ª dose de vacina contra dengue em crianças e adolescentes

 

Medida ocorre após Estado confirmar que nova remessa de imunizantes será enviada ao Município até o fim desta semana. Todos os CSs têm doses disponíveis para aplicação

 

A Secretaria de Saúde de Campinas iniciou nesta segunda-feira, 15 de julho, a aplicação da 2ª dose de vacina contra a dengue em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A medida ocorre após o governo do Estado confirmar que uma nova remessa de imunizantes será enviada ao Município até o fim desta semana. A quantidade ainda não foi divulgada.

A Pasta aplicou 15.394 doses desde o início da campanha, em 11 de abril, até a tarde desta segunda-feira, 15 de julho. Com isso, ainda há pelo menos 2,6 mil imunizantes disponíveis e distribuídos entre os 68 centros de saúde de Campinas.

“Decidimos iniciar a aplicação da segunda dose após o Estado se comprometer a entregar uma nova remessa até o fim desta semana. Com a quantidade de vacinas disponíveis e considerando-se a procura pela dose registrada nos últimos dias, avaliamos que é possível antecipar esta etapa”, destacou a coordenadora do Programa de Imunização, Chaúla Vizelli, ao explicar que a composição da primeira dose aplicada é a mesma da segunda.

Não é preciso realizar agendamento para receber a dose contra a dengue. Basta levar documento de identidade com foto e a carteira de vacinação (se tiver).

A primeira remessa de vacinas recebida pelo Município tinha 18.063 doses. A entrega foi feita à Saúde pelo governo do Estado, que recebeu do Ministério da Saúde.

Esquema vacinal
O esquema vacinal recomendado corresponde à administração de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. A operacionalização da campanha é uma decisão de cada município.

Como receber a dose?
As salas de vacinação funcionam conforme horário de funcionamento de cada CS. Detalhes sobre cada unidade básica, incluindo endereços e contatos, estão na página https://vacina.campinas.sp.gov.br.

 

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Saúde

Vacina nacional contra covid está em fase avançada, diz ministra

© José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

Testes clínicos devem começar ainda este ano

Por Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse nesta sexta-feira (12) que a vacina Spin-TEC, a primeira 100% brasileira para a covid-19,  já está em fase avançada de desenvolvimento. Segundo o Ministério, a última fase de produção do imunizante, de testes clínicos, deve começar ainda este ano.

“O CNVacinas tem uma importância estratégica para o país porque aqui tratamos de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, novos fármacos e insumos. A UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] e o CNVacinas já estão numa fase mais avançada da vacina contra a covid-19. E há pesquisas sendo realizadas para dengue, leishmaniose e malária. Que são desafios brasileiros para responder às demandas das doenças locais”, destacou a ministra, em visita às obras do CNVacinas, em Belo Horizonte (MG).

O Centro Nacional de Vacinas será o primeiro complexo nacional usado para pesquisas e fabricação de insumos farmacêuticos, sendo capaz de executar todas as etapas para o desenvolvimento de vacinas. As obras devem ser finalizadas em 2026.

A ministra destacou os editais que serão lançados pelo Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT) junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que podem contribuir para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação local.

“Nós estamos fazendo os últimos editais dos recursos do Fundo deste ano que serão de R$ 12,8 bilhões, uma conquista deste novo ciclo da retomada da ciência no país feita pelo presidente Lula de recompor integralmente o FNDCT, e Minas Gerais está dentro desses editais que fomentam as políticas públicas da ciência no país”, avaliou.

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Saúde

Brasil deixa lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas

© Tomaz Silva/Agência Brasil

 

Em 2021, país ocupava a sétima posição no ranking

 

Por Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

O ano de 2023 marcou um avanço do Brasil na imunização infantil e fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas. A constatação faz parte de um estudo global divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa revela que o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Em relação à DTP3, a queda entre os mesmos anos foi de 846 mil para 257 mil. A DTP é conhecida como a vacina pentavalente, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche.

Com a redução na quantidade de crianças não vacinadas, o Brasil, que em 2021 era o sétimo no grupo dos países com mais crianças não imunizadas, deixou a lista negativa. O Brasil apresentou avanços constantes em 14 dos 16 imunizantes pesquisados.

A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, destacou que o comportamento da imunização infantil no país é uma retomada após anos de queda na cobertura de vacinação. Ela ressalta a importância de o país seguir em busca de avanços, inclusive levando a vacinação para fora de unidades de saúde, exclusivamente.

“É fundamental continuar avançando ainda mais rápido para encontrar e imunizar cada menina e menino que ainda não recebeu as vacinas. Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias – muitas em situação de vulnerabilidade – estão, incluindo escolas, Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e outros espaços e equipamentos públicos”, assinala.

No mundo

O resultado de avanço do Brasil está na contramão do cenário global, no qual houve aumento no número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, passando de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023.

O número de crianças que receberam três doses da DTP em 2023 estagnou em 84% (108 milhões). A DTP é considerada um indicador chave para a cobertura de imunização global.

Em 2023 havia no mundo 2,7 milhões de crianças não vacinadas ou com imunização incompleta, em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019.

Ao todo, o levantamento do Unicef e da OMS traz dados de 185 países.

Efeito da não vacinação

Uma forma prática de entender a importância da vacinação é por meio da observação de certas doenças, como o sarampo, que apresentou surtos nos últimos cinco anos.

A cobertura vacinal contra o sarampo estagnou, deixando cerca de 35 milhões de crianças sem proteção ou com proteção parcial. Em 2023, apenas 83% das crianças em todo o mundo receberam a primeira dose do imunizante. Esse patamar fica abaixo da cobertura de 95% necessária para prevenir surtos, mortes desnecessárias e alcançar as metas de eliminação do sarampo.

Nos últimos cinco anos, surtos de sarampo atingiram 103 países – onde vivem aproximadamente três quartos dos bebês do mundo. A baixa cobertura vacinal nessas regiões (80% ou menos) foi um fator importante. Por outro lado, 91 países com forte cobertura vacinal não experimentaram surtos.

HPV em meninas

Um dado positivo, porém, insuficiente no levantamento, é a vacinação de meninas contra o papilomavírus humano (HPV), causador do câncer do colo do útero. A proporção de adolescentes imunizados saltou de 20% em 2022 para 27% em 2023.

No entanto, esse nível de cobertura está bem abaixo da meta de 90% para eliminar esse tipo de câncer como um problema de saúde pública. Em países de alta renda, o nível é de 56%, e nos de baixa e média, 23%.

vacina contra o HPV é disponibilizada no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 

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Saúde

Butantan: por que crianças, idosos e grávidas e têm prioridade na vacinação da gripe?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a vacinação anual contra a gripe, especialmente para grupos considerados vulneráveis à infecção por influenza. Por questões imunológicas, crianças menores de 5 anos, idosos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas e com imunodeficiência têm maior risco de desenvolver quadros pulmonares graves, como pneumonia e a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que podem evoluir a óbito.

Trabalhadores da saúde, das forças de segurança e portuários, professores, caminhoneiros, populações indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua e privadas de liberdade também fazem parte dos grupos prioritários, pelo motivo de maior risco de exposição.

“Não é somente o idoso que pode ter influenza grave, embora o risco de internação e de óbito seja muito maior nessa população. Temos que lembrar que muitas gestantes foram internadas ou morreram de gripe A (H1N1), e que a influenza causa uma série de complicações em crianças pequenas, além do risco de certos profissionais que estão mais expostos. A vacinação reduz drasticamente estes riscos e por isso eles são os grupos prioritários”, explica a gestora médica de Desenvolvimento Clínico do Butantan, Carolina Barbieri.

O Ministério da Saúde adiantou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe para novembro de 2023 na região Norte e nas demais regiões para março de 2024. No entanto, até o dia 4 de julho, a cobertura vacinal no país tinha alcançado apenas 44%, segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). O índice está bem abaixo da meta de vacinar 90% do público-alvo estipulada pelo Ministério da Saúde para garantir proteção coletiva e dos grupos prioritários.

Entenda por que a vacina da gripe é tão importante para os grupos prioritários e não deixe de tomar o imunizante, caso ainda não tenha se vacinado.

Crianças abaixo de 5 anos

A influenza está relacionada à alta taxa de hospitalização de crianças com menos de 5 anos. Por não terem o sistema imunológico totalmente desenvolvido, sem a proteção da vacina elas ficam ainda mais suscetíveis a complicações como pneumonia, otite, sinusite, chiado no peito e falta de ar ao contraírem influenza. Por isso, é fundamental manter a vacinação anual contra a gripe neste público-alvo.

Idosos

Pesquisas demonstram que é a população idosa que mais corre risco de ter sintomas intensos e desenvolver a gripe grave, que pode levar a óbito. De todas as internações que ocorrem por influenza no país, 70% são de pacientes idosos. Isso ocorre, sobretudo, pelo enfraquecimento do sistema imunológico ocorrido com o envelhecimento, associado a comorbidades como diabetes, pressão alta, problemas renais e hepáticos, que ajudam a debilitar ainda mais o sistema imune.

Por outro lado, diversas pesquisas sobre a vacina Influenza já comprovaram que a imunização diminui drasticamente complicações pelo influenza, descompensações de doença de base e hospitalizações, o que pode diminuir diretamente o risco de óbito.

Gestantes e puérperas

O estado gestacional causa várias alterações imunológicas, endocrinológicas e hormonais que tornam a gestante mais suscetível a infecções e a sintomas mais intensos em caso de infecção por influenza. A vacinação previne essas complicações na gestante e oferece uma dupla vantagem ao bebê.

A primeira, ao permitir que os anticorpos produzidos pela vacinação cheguem ao feto, através da placenta; e no puerpério (até 45 dias após o nascimento do bebê), com os anticorpos sendo repassados por meio do leite materno durante a amamentação.

Trabalhadores da saúde, professores e caminhoneiros

Estes profissionais têm grande risco de exposição e de espalhar o vírus em ambientes hospitalares, clínicas, casas de permanência, escolas e outros ambientes fechados. Para evitar que isso ocorra, sobretudo com públicos vulneráveis como idosos, gestantes, crianças pequenas e pessoas com outras enfermidades, as categorias são elegíveis à vacinação prioritária.

Doentes crônicos, com comorbidades e imunodeprimidos

Pessoas com doenças renais, hepáticas, cardiovasculares e pulmonares, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), ou pessoas com deficiência (PCD), também têm maior risco de complicações pela influenza se não estiverem vacinados.

A gripe pode descompensar essas doenças e piorar outras comorbidades, como pressão alta e diabetes – essas condições naturalmente deixam o sistema imunológico mais debilitado, tornando-o um campo mais fértil para a proliferação do vírus.

A vacina também é fortemente indicada para pacientes com algum grau de imunossupressão e pacientes em tratamento oncológico ou imunodeprimidos em decorrência do uso de corticoides, imunoterapia ou pela Síndrome da Imunodeficiência adquirida em pessoas vivendo com HIV.

Outros pontos de atenção são o tabagismo e a obesidade. A vacina Influenza é também indicada para fumantes e pessoas com obesidade porque ambas condições estão ligadas a processos inflamatórios, que afetam o sistema imunológico e o deixam mais vulnerável a infecções.

Grupos minoritários

Grupos indígenas e quilombolas também são considerados elegíveis, especialmente os que vivem isolados. Tais populações têm pouco contato com diversos tipos de doenças, e, se forem infectadas, podem desenvolver a forma mais sintomática e grave.

Pessoas em situação de rua ou privadas de liberdade são consideradas vulneráveis e com alto risco de exposição à influenza, entre outros tantos patógenos, seja pela dificuldade de ter acesso à higiene, seja pela aglomeração em espaços fechados.

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