ORIENTE MÉDIO

Brasil e Mundo

Proposta de cessar-fogo dos EUA pode mudar o cenário no Líbano

Imagem: NBC News

Fonte: The News

Pelo menos dois meses de trégua. Esse é o pré-requisito número 1 da proposta que os EUA enviaram para autoridades de Israel e líderes do Hezbollah para tentarem acabar com o cenário de guerra no Líbano.

O foco do acordo é mesmo o lado libanês, já que o governo israelense recusa um cessar-fogo em Gaza antes que os reféns feitos pelo Hamas sejam soltos e o grupo terrorista seja fragmentado.

Qual é a ideia em discussão? As tropas de Israel teriam que se retirar do Líbano em até uma semana depois da assinatura do tratado, enquanto o Hezbollah desmobilizaria toda a sua infraestrutura militar no sul do país.

Desde que a guerra no Oriente Médio escalou e se expandiu para além das fronteiras de Gaza, essa é a primeira vez que uma proposta de cessar-fogo na região parece ter chances de dar certo.

Por que importa: Um acordo de trégua colocaria fim a mais de um ano de conflitos entre Israel e o Hezbollah, consequentemente diminuindo — e muito — a tensão na região e a atividade dos terroristas.

Os EUA já declararam que estão otimistas com o andamento das negociações e, do lado israelense, o próprio premiê Benjamin Netanyahu disse que quer fazer valer qualquer acordo de cessar-fogo no Líbano.

A aresta que falta ser aparada: Uma cláusula diz que Israel pode atacar o Hezbollah por dois meses em caso de “ameaças iminentes à segurança” — e é isso que vem impedindo a facção de assinar o acordo.

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Brasil e Mundo

Vazamento de documentos sigilosos expõe planos de Israel contra o Irã

Imagem: Anadolu

Informações confidenciais revelam preparativos militares e planos de ataque de Israel em resposta às ações do Irã, gerando tensão entre aliados e elevando o risco de uma escalada no conflito

Autoridades americanas estão investigando o vazamento de uma série de documentos sigilosos que mostravam os preparativos de Israel para um ataque contra o Irã.

Nas páginas vazadas dos arquivos rotulados como TOP SECRET estão informações sobre o preparo de munições, possíveis locais de ataque e detalhes sobre os treinamentos de Israel para lançar mísseis contra o Irã.

O contexto por trás: A missão israelense seria uma resposta ao ataque do Irã no começo do mês, de quase 200 mísseis balísticos em direção às principais cidades de Israel.

O movimento de Israel de colocar Irā como alvo confirma que a guerra pode estar indo de vez para um outro patamar — ainda mais tendo EUA como aliado direto nisso.

Se você acha que Hamas e Hezbollah são cachorros-grandes, pense que Irā é quem está por trás financiando os dois grupos. O país tem o 15° maior poder militar do mundo e ainda é parceiro direto de Putin.

Agora, com os documentos vazados, não se sabe quando e se as forças israelenses vão contra-atacar. Além disso, surge uma tensão entre EUA e Israel, já que o governo americano sabia dos planos do país aliado.

Mesmo com Hamas e Hezbollah tendo os seus principais líderes mortos, a guerra está longe de um fim. No final de semana, a casa do premiê Benjamin Netanyahu foi alvo de um drone.

 

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Brasil e Mundo

EUA vai enviar sistema antimíssil para Israel se proteger do Irã

Imagem: U.S. Forces

The News

O exército dos EUA vai enviar e colocar em funcionamento um dos sistemas antimísseis mais modernos do mundo em Israel.

No fim da linha, a ideia é proteger o país aliado de ataques vindos do Irã — que prometeu vingança depois que forças israelenses mataram uma série de líderes do grupo terrorista Hezbollah.

Por que é relevante? O movimento marca a primeira vez em que soldados americanos estão, de fato, pisando no solo de Israel e ajudando as forças armadas do país durante os conflitos recentes no Oriente Médio.

Isso também mostra que os americanos podem estar dispostos a se envolver em combates entre Israel e Irã caso a tensão escale ainda mais — indo além da ajuda financeira que Washington tem enviado.

As potências estão se envolvendo: Ao mesmo tempo, a Rússia voltou a negociar armas com o governo iraniano, que há anos é o responsável por financiar e enviar armamentos aos grupos terroristas do Oriente Médio.

Com esse cenário, Biden e Netanyahu voltaram a conversar sobre a guerra na região depois de meses sem contato. Nos bastidores, um ataque de Israel contra o Irã é esperado para os próximos dias.

Um dos únicos pedidos da Casa Branca é que as forças israelenses evitem atacar instalações de petróleo iranianas — já que 1/5 do óleo bruto passa pelo país.

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Brasil e Mundo

FAB envia quinto voo para resgatar brasileiros no Líbano

© FAB/Divulgação

Após quatro voos de repatriação, 885 pessoas voltaram ao Brasil

André Richter – Repórter da Agência Brasil

A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou neste sábado, dia 12, mais um avião da Operação Raízes do Cedro para resgatar brasileiros que querem deixar o Líbano em meio aos bombardeios de Israel.

O quinto voo da aeronave KC-30 para Beirute, capital libanesa, decolou às 11h da Base Aérea de São Paulo. O voo de repatriação fará uma escala em Portugal antes de chegar ao destino.

Na manhã deste sábado, mais 211 brasileiros desembarcaram no país. Ao todo, após quatro voos de repatriação, 885 pessoas e 11 pets retornaram ao Brasil.

Números

Segundo o governo brasileiro, cerca de 20 mil brasileiros moram no Líbano. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) estima que três mil querem deixar o país nos voos da FAB.

Os primeiros 229 brasileiros repatriados chegaram na manhã de domingo (6) na Base Aérea de São Paulo e foram recepcionados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Doações

Além do objetivo de buscar mais brasileiros no Líbano, a aeronave decolou de São Paulo com 1.400 cestas básicas e 6.900 embalagens de medicamentos diversos arrecadados pela Associação Unidos pelo Líbano (UpL), totalizando 1.340 Kg. A operação foi coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, em parceria com o Ministério da Defesa.

Nas cargas anteriores, o governo brasileiro enviou ao Líbano, em 06/10, 08/10 e 10/10, medicamentos, seringas descartáveis e envelopes para reidratação, fornecidos pelo Ministério da Saúde, além de medicamentos e cestas básicas arrecadados pelo Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro e pela UpL.

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Brasil e Mundo

Operação para repatriar brasileiros do Líbano é adiada

Avião da FAB que vai resgatar brasileiros no Líbano. Foto: FAB/Divulgação© FAB/Divulgação

Governo alega falta segurança aos comboios terrestres até o aeroporto

Agência Brasil

A Operação Raízes de Cedro, que vai repatriar brasileiros que estão no Líbano, será adiada. Inicialmente, a volta de 220 cidadãos começaria nesta sexta-feira, dia 4, mas por falta de segurança para transportar essas pessoas até o aeroporto, a operação não ocorrerá.

“Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia”, informou nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Na madrugada de hoje, pelo menos um ataque israelense atingiu as proximidades do perímetro do aeroporto internacional de Beirute, de acordo com uma fonte do Ministério dos Transportes e Obras Públicas do Líbano.

O objetivo do governo brasileiro é repatriar cerca de 500 pessoas por semana, com prioridade de embarque para idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas.

Ao todo, cerca de 21 mil brasileiros residem no Líbano. Na terça-feira (1°), o governo brasileiro informou que pelo menos 3 mil procuraram a Embaixada em Beirute com pedido de repatriação.

Conflito

que se tornou alvo de ataques israelenses nos últimos dias, com o agravamento dos conflitos no Oriente Médio. Israel alega que combate integrantes do Hezbollah no território libanês.

 

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Brasil e Mundo

Primeiro voo de repatriação deve trazer 220 brasileiros de Beirute

Ministro José Múcio, ministro Mauro vieira, e comandante da aeronáutica,  Marcelo damasceno Foto Valter Campanato/ Agência Brasil

Avião da FAB embarca nesta sexta-feira de Lisboa para capital libanesa

Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, concederam entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, dia 3,  para detalhar a operação que deve trazer os primeiros brasileiros do Líbano para o Brasil.

O primeiro voo de resgate parte nesta sexta-feira (4) de Lisboa, em Portugal, para a capital libanesa. O avião da Força Aérea Brasileira, um KC-30, deve chegar a Beirute por volta de 10h, horário de Brasília, 16h, horário local, retornando em seguida para a capital portuguesa. De Lisboa, ele seguirá para São Paulo, onde o desembarque está previsto para às 8h de sábado (5).

O Itamaraty estima em 220 o número de passageiros nessa primeira repatriação. O objetivo do governo brasileiro é repatriar cerca de 500 pessoas por semana. Terão prioridade de embarque idosos, mulheres, crianças e pessoas com necessidades médicas.

Alternativas

“Estamos repetindo o que fizemos de outubro do ano passado até o início desse ano com relação aos brasileiros que estavam na Palestina, Faixa de Gaza e Israel. A operação foi muito bem-sucedida, com cerca de 1.600 cidadãos repatriados”, lembrou Mauro Vieira.

As rotas dos voos podem sofrer alterações em função das condições de segurança. Perguntado sobre uma possível saída pela Síria, por base russa, o ministro da Defesa disse que outras alternativas estão sendo examinadas.

Ao todo, cerca de 20 mil brasileiros residem no Líbano. O país se tornou alvo de ataques israelenses nos últimos dias. Israel combate integrantes do Hezbollah no território libanês.

Até o momento, só pousaram no Líbano, para repatriação, aeronaves de quatro países. Estima-se que o Brasil será o sétimo país a ter uma aeronave de resgate com pouso autorizado.

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Brasil e Mundo

Brasil condena ataques do Irã contra Israel

Reuters/Aziz Taher/Proibida reprodução

Itamaraty citou lançamento de mísseis e atentado em Jafa

Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil

O governo brasileiro se posicionou, nesta quarta-feira, dia 2, sobre o lançamento de cerca de 200 mísseis balísticos pelo Irã contra o território de Israel, ocorrido no dia anterior. Em nota, o Palácio Itamaraty condenou “a escalada do conflito” e fez “um apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção”.

Na terça-feira, dia 1º, a Guarda Revolucionária do Irã informou que lançou os mísseis em direção a Israel e alertou que, se houver retaliação, a resposta de Teerã será “mais esmagadora e ruinosa”, segundo a TV estatal iraniana.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que o arquirrival Irã irá pagar pela ação militar.

Ainda segundo o Itamaraty, o Brasil reforça a “convicção acerca de necessidade de amplo cessar-fogo em todo o Oriente Médio e conclama a comunidade internacional para que utilize todos os instrumentos diplomáticos à disposição a fim de conter o aprofundamento do conflito”.

Em outra manifestação, o governo brasileiro condenou o ataque terrorista reivindicado pelo Hamas na cidade israelense de Jafa, que provocou a morte de sete pessoas e ferimentos a outras 16.

De acordo com o Itamaraty, a Embaixada em Tel Aviv continua a monitorar a situação dos brasileiros em Israel, em contato permanente, prestando orientações e assistência consular.

Na madrugada de quinta-feira, horário local, um ataque israelense atingiu o centro de Beirute, capital do Líbano. Testemunhas relataram ter ouvido uma explosão, informou a agência Reuters.

Entenda

Desde o último dia 23 de setembro, Israel tem realizado bombardeios massivos contra cidades libaneses. Estima-se que, em pouco mais de uma semana, mais de 1 mil pessoas morreram e 1 milhão precisaram abandonar suas casas, segundo agências das Nações Unidas (ONU).

Israel alega que os ataques contra o Líbano visam destruir a infraestrutura e as lideranças do Hezbollah, grupo político e militar que tem realizado ataques contra o norte de Israel em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza. O grupo promete manter os ataques enquanto continuar a ocupação de Gaza pelas forças israelenses.

Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou do Rio de Janeiro nesta quarta com destino a Beirute. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), cerca de 3 mil brasileiros desejam deixar o Líbano.

Este é o número de pessoas que procuraram a Embaixada do Brasil em Beirute com pedido de repatriação. A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio atualmente está justamente no Líbano. Ao todo, 21 mil brasileiros vivem no país.

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Cerca de 3 mil brasileiros querem sair do Líbano, diz Itamaraty

Primeiro voo de repatriação decola nesta quarta-feira, dia 2

Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil

Ataques israelenses nos subúrbios de Beirute – REUTERS/Amr Abdallah Dalsh/proibida a reprodução

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) contabiliza cerca de 3 mil brasileiros que desejam deixar o Líbano, em meio à escalada das operações militares das Forças Armadas de Israel. É o número de pessoas que procuraram a Embaixada em Beirute com pedido de repatriação. A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio atualmente está justamente no Líbano. Ao todo, 21 mil brasileiros vivem no país.

Os ataques aéreos israelenses a várias regiões do Líbano provocaram, desde o último dia 17, a morte de mais de 1 mil pessoas, incluindo dois adolescentes brasileiros e seus pais, assim como um saldo de milhares de feridos. A situação em Beirute, a capital do país, é descrita como “tensa e terrível” por brasileiros que estão na região, com risco de guerra total.

O processo de repatriação dos brasileiros começará nesta quarta-feira (2). Na ação batizada de Operação Raízes do Cedro, a Força Aérea Brasileira (FAB) utilizará uma aeronave KC-30, com a previsão inicial de repatriar 220 brasileiros que estão em solo libanês, a partir do aeroporto de Beirute, que ainda permanece aberto. O voo fará escala para reabastecimento em Lisboa, tanto na ida quanto na volta. Outros voos ainda não foram confirmados, mas devem ocorrer ao longo dos próximos dias.

A autorização para a operação foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, o Brasil fará a repatriação de brasileiros do exterior “em todo lugar que for preciso” e lamentou o comportamento do governo de Israel ao atacar o Líbano.

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Brasil e Mundo

Líder do Hamas no Líbano é morto em ataque aéreo

Sistema de defesa de Israel intercepta foguetes vindos do Líbano  – REUTERS/Avi Ohayon

Anúncio foi feito pelo movimento islâmico palestino

Agência Brasil

O movimento islâmico palestino Hamas anunciou nesta segunda-feira (30) que o líder do grupo no Líbano, Fatah Sharif Abu Al Amin, foi morto em um ataque aéreo contra o sul do país, atribuído a Israel.

“O comandante Fatah Sharif morreu hoje de madrugada, após operação terrorista e criminosa de assassinato, em um ataque aéreo que teve como alvo toda a sua família no campo de refugiados de Al Bass, no sul do Líbano” disse o Hamas.

Em comunicado, o grupo disse que o suposto ataque israelense vitimou, além de Fatah Sharif, descrito como membro da liderança do Hamas no estrangeiro, a esposa, o filho e a nora.

A agência de notícias oficial libanesa ANI anunciou um ataque aéreo contra o campo, situado junto à cidade de Tiro, no sul do país.

O Exército israelense anunciou que aviões de combate atingiram dezenas de alvos do Hezbollah na região de Bekaa, no leste do Líbano, durante a madrugada, incluindo “dezenas de lançadores e edifícios onde as armas foram armazenadas”.

Israel “continuará a atacar à força, a danificar e a degradar a capacidade militar e as infra-estruturas do Hezbollah”, acrescentaram as Forças Armadas.

Os ataques contra o leste do Líbano deixaram pelo menos 105 mortos, de acordo com balanço oficial.

Horas antes, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) anunciou a morte de três dirigentes em ataque que visou a um edifício residencial no centro de Beirute, atribuindo a ação a Israel.

“Mohammad Abdel-Aal, chefe do Departamento de Segurança Militar, Imad Odeh, membro do Comando Militar no Líbano, e Abdelrahmane Abdel-Aal morreram após covarde assassinato perpetrado por um avião sionista de ocupação em Cola”, um bairro predominantemente sunita de Beirute, indicou a FPLP, logo após o ataque, em nota divulgada no portal oficial do movimento.

A FPLP, uma organização palestina secular de esquerda, descrita como terrorista por Israel e pela União Europeia, tem apoiado as operações do movimento xiita libanês Hezbollah contra o norte de Israel, desde outubro de 2023, em solidariedade ao grupo islâmico palestino Hamas.

Uma fonte da segurança do Líbano disse que pelo menos quatro pessoas morreram hoje, em ataque de um drone israelense, aeronave não tripulada, que visou a um edifício residencial em Beirute.

Caso se confirme a autoria do ataque, trata-se da primeira incursão israelense no centro da capital libanesa desde o ataque do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023.

Segundo a fonte, citada pela agência de notícias France–Presse, o apartamento alvo do ataque pertence à Jamaa Islamiya.

Formado em 1960, o grupo islâmico libanês – um ramo da organização radical Irmandade Muçulmana no Líbano – tem também apoiado as operações do Hezbollah contra o norte de Israel.

Israel respondeu com ataques aéreos que já mataram o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

 

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Brasil e Mundo

Jovem de 16 anos morre no Líbano, dizem familiares

Fumaça no sul do Líbano – Reuters/Aziz Taher/Proibida reprodução

Seria a segunda morte brasileira em meio aos bombardeios israelenses

Agência Brasil

Os bombardeios israelenses no Líbano podem ter feito uma nova vítima brasileira. Familiares de uma adolescente de 16 anos denunciaram a morte da jovem em entrevistas à imprensa.

Depois de uma fuga da área sob ataque, ela teria voltado para a região onde mora para buscar material escolar e roupas. De acordo com um tio, o pai da jovem também morreu no local.

O Ministério das Relações Exteriores ainda não confirma as mortes. Apesar de o aeroporto de Beirute estar aberto para voos comerciais, o governo brasileiro estuda a demanda de auxílio para a retirada de brasileiros do Líbano.

Na quarta-feira, dia 25, um adolescente de 15 anos morreu após uma série de bombardeios de tropas israelenses. Ali Kamal Abdallah foi atingido no Vale do Beqaa, a 30 quilômetros de Beirute.

O pai do adolescente é paraguaio e também morreu nas explosões. A embaixada do Brasil no Líbano presta assistência à família.

Repúdio

Em coletiva de imprensa após na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano.

“ É o maior número de mortos desde a guerra civil que durou entre 1975 e 1990. É importante lembrar também que morreram 94 mulheres e 50 crianças, 2.058 pessoas feridas e 10 mil pessoas forçadas a recuar e esvaziar suas casas”, disse Lula.

Na segunda-feira (23), o governo brasileiro condenou “nos mais fortes termos” os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis em Beirute, no Sul do Líbano (foto) e no Vale do Beqaa. O Ministério das Relações Exteriores também recomendou aos brasileiros que deixassem a área conflagrada.

Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, têm trocado tiros através da fronteira desde o início da atual guerra em Gaza no ano passado, detonada após um ataque do Hamas, aliado do Hezbollah, mas Israel intensificou sua campanha militar na última semana.

Assistência

Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Beirute continua prestando assistência e fornecendo as orientações devidas à comunidade brasileira, com a qual mantém contato permanente.

Em caso de necessidade, recomenda-se entrar em contato com o plantão consular do Itamaraty por meio do número +55 (61) 98260-0610 (WhatsApp).

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