MEIO AMBIENTE

Valinhos

DAEV S.A e Prefeitura promovem conscientização sobre o uso racional da água

Em celebração ao No Dia Mundial do Meio Ambiente  estudantes realizaram plantio de mudas 

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, mais de 70 alunos dos 4º e 5º anos da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Vice Prefeito Antônio Mamoni participaram nesta terça-feira, dia4 de uma palestra sobre o uso consciente da água e de um plantio coletivo de mudas na área de preservação ambiental da Rua Silvestre Chiari, no Jardim Bom Retiro.

A ação, que contou com a presença da prefeita Lucimara Godoy, foi promovida pelo Núcleo de Educação Ambiental, formado pelo DAEV S.A. e pelas secretarias de Educação, de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e de Serviços Públicos da Prefeitura de Valinhos.

Diversas mudas de diferentes espécies nativas foram plantadas, como palmeira, aroeira pimenteira, jabuticaba, ipê, pau-brasil, jatobá, ingá e araçá, por exemplo. O objetivo das árvores frutíferas é a preservação da fauna local.

O DAEV S.A. inaugurou ainda o projeto Gota de Consciência, com uma palestra interativa sobre a importância da água para a vida humana e para o meio ambiente, além de formas de fazer o uso consciente do recurso hídrico. Os alunos receberam cartilhas educativas e copos personalizados de brinde.

A ação foi escoltada pelo Grupamento de Ronda Escolar da Guarda Civil Municipal (GCM), o Patrulheiro Amigo da Escola (PAE), e também pela Secretaria de Mobilidade Urbana.

Projeto Gota de Consciência

O projeto Gota de Consciência, do DAEV S.A., levará ações/palestras de conscientização sobre a importância da economia de água para os alunos da rede municipal. A medida faz parte do Programa de Uso Racional da Água, que cumpre um dos itens relacionadas à bandeira verde do Plano de Enfrentamento à Crise Hídrica de Valinhos, na qual o município se encontra no momento.

A ação também contempla os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). São 17 objetivos interconectados que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo. Em 2022, Valinhos foi reconhecida pelo Instituto Cidades Sustentáveis como a 3ª melhor do país em sustentabilidade e compromissos assumidos quanto as ODS’s.

O projeto engloba os seguintes ODS’s: Saúde e Bem Estar; Educação de Qualidade; Água Potável e Saneamento; Cidades e Comunidades Sustentáveis; Consumo e Produção Responsáveis; Ação Contra a Mudança Clima; Vida na Água; Vida Terrestre; e Parcerias e Meios de Implementação.

O cronograma das escolas municipais que serão contempladas com as palestras será divulgado em breve.

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Brasil e Mundo

Greenpeace Brasil e IEPA lançam dados consolidados de estudo que demonstra impactos de possível vazamento de óleo na Bacia da Foz do Amazonas

Pesquisadores analisaram as intensas correntes marítimas da região com o auxílio de derivadores e concluíram que um derramamento tanto na Foz do Amazonas, quanto no Bloco 59 – poço de interesse da Petrobras – atingiria a costa do Amapá,  e chegaria a três países vizinhos

 

Confira o relatório completo aqui

Mapa mostra caminho dos equipamentos que foram lançados para monitorar as correntes  marítimas da bacia da foz do Amazonas. Fonte: estudo IEPA/Greenpeace Brasil

Um estudo do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), com apoio do Greenpeace Brasil, que mapeou as correntes marinhas da Bacia da Foz do Amazonas, concluiu que um eventual derramamento de óleo na região contaminaria centenas de quilômetros de mares de regiões costeiras nacionais e de países da Pan-Amazônia, impactando de maneira drástica tanto a vida marinha quanto a população costeira.

A pesquisa foi realizada em março a bordo do veleiro Witness, do Greenpeace, e integrou a expedição Costa Amazônica Viva, que navegou pelas costas do Amapá e do Pará, região de alta vulnerabilidade socioambiental e alvo de especulações da indústria petroleira. (Imagens da expedição podem ser baixadas no nosso banco de imagens e reproduzidas pela imprensa, mediante uso dos créditos)

“A Bacia da Foz do Amazonas tem correntes marítimas e costeiras muito fortes, cujas dinâmicas são pouco conhecidas, com um grande carregamento de água do mar para os oceanos. Nessas condições, o que sabemos é que um vazamento de óleo na região causaria uma grande dispersão difícil de ser contida”, explica o coordenador da frente de Oceanos do Greenpeace Brasil, Marcelo Laterman.

Metodologia

Partindo da costa do Amapá rumo ao Pará, os pesquisadores do IEPA, com auxílio da tripulação do Greenpeace, lançaram ao mar sete derivadores, equipamentos oceanográficos parecidos com boias, equipados com sensores e antenas que transmitem sua geolocalização em tempo real e captam informações precisas da temperatura da superfície do mar.

Os derivadores foram lançados tanto na plataforma continental interna (menos de 100 km da costa) como na plataforma externa (mais de 100 km), em sete pontos estratégicos ao longo da Foz do Amazonas e do Bloco 59, poço de petróleo no litoral do Amapá onde a Petrobras pretende perfurar. Ao monitorar em tempo real os movimentos dos equipamentos lançados ao mar, os especialistas conseguiram simular caminhos e impactos de um possível vazamento de óleo na região.

“Os pesquisadores do IEPA determinaram a escolha dos pontos e a quantidade dos derivadores necessárias para simular um possível vazamento de óleo, seja durante a perfuração do Bloco 59, seja durante o transporte do óleo em navios pela região”, explica o porta-voz de Oceanos do Greenpeace Brasil, o geógrafo Denison Ferreira, que integrou a tripulação do Greenpeace durante a expedição científica pela Bacia da Foz do Amazonas.

“As trajetórias que esses derivadores seguiram nos mostraram o que já era esperado: um vazamento na bacia da Foz do Amazonas contaminaria centenas de quilômetros de mares e regiões costeiras no Amapá e em países vizinhos. Estes resultados reafirmam alertas anteriores feitos por diversos especialistas sobre os potenciais impactos da exploração petrolífera à vida marinha e em populações costeiras na Margem Equatorial”, analisa Laterman.

Resultados

Cinco dos sete derivadores atravessaram águas internacionais e chegaram a três países: Guiana Francesa, Suriname e Guiana. Outros dois derivadores, lançados mais próximos à zona costeira e em águas rasas, tocaram a costa do Amapá. Esses deslocamentos são alertas sobre como a expansão de petróleo na Margem Equatorial brasileira pode trazer consequências graves para a biodiversidade e ecossistema locais e comunidades pesqueiras.

“Mesmo com a descarga do rio Amazonas aumentando (no mês de março, quando a pesquisa foi realizada), os derivadores trafegaram em direção à costa do Amapá, indicando que se o óleo chegar em áreas rasas existe risco de atingir as regiões litorâneas”, detalha Luís Takiyama, pesquisador do IEPA responsável pelo estudo.

Além da trajetória percorrida, os derivadores também acumularam dados em tempo real, de hora em hora, e permitiram uma maior compreensão sobre a hidrodinâmica da bacia da foz do Amazonas, que ainda não é suficientemente conhecida para que se avaliem os riscos de projetos de alto impacto, e apresenta grande influência do regime de maré e dos fortes ventos da região.

“Precisamos aumentar o esforço de pesquisa e monitoramento em todas as áreas do conhecimento para melhor entendimento das dinâmicas físicas, químicas, geológicas e biológicas da Bacia da Foz do Amazonas. Somente assim poderemos prever riscos e vulnerabilidades associadas às atividades que ocorrem na bacia”, ressalta Takiyama.

Discussões

Segundo o pesquisador,  o estudo também contribuiu para elucidar o comportamento das correntes superficiais na região, em especial nas áreas próximas à zona costeira, onde estão as principais lacunas de dados, e onde vivem comunidades pesqueiras tradicionais e povos indígenas. Para contribuir com o debate, Marcelo Laterman relembra o histórico de acidentes ocorridos em águas rasas na Bacia da Foz do Amazonas durante perfurações no passado.

“Exemplo da necessidade de mais conhecimento é o histórico de 95 perfurações em águas rasas na região, a maioria pela Petrobras, que contabilizou 27 acidentes mecânicos e nenhum poço bem-sucedido. Hoje, a ameaça é ainda maior e as incertezas são as mesmas”, diz Laterman.          

Assim como o Bloco 59, a bacia da Foz do Amazonas conta com um total de 213 blocos exploratórios em oferta e em estudo. “É uma verdadeira bomba de carbono para a atmosfera, com vazamentos potenciais de petróleo para os mares, a costa, os recifes, os manguezais, o que traria consequências desastrosas para as populações amazônicas e até para regiões Pan-amazônicas”, alerta Laterman.

Sobre o Greenpeace Brasil

O Greenpeace Brasil é uma organização ativista ambiental sem fins lucrativos, que atua desde 1992 na defesa do meio ambiente. Ao lado de todas as pessoas que buscam um mundo mais verde, justo e pacífico, a organização atua há mais de 30 anos pela defesa do meio ambiente denunciando e confrontando governos, empresas e projetos que incentivam a destruição das florestas.

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Valinhos

Semana do Meio Ambiente de Valinhos terá palestras e doação de mudas

Doações de mudas, orientações sobre o plantio e palestras marcam as atividades comemorativas
A Prefeitura de Valinhos promove a Semana do Meio Ambiente entre os dias 3 e 8 de junho com doação de mudas e orientações sobre o plantio, além de várias palestras on-line. A mudas podem ser retiradas em locais como Shopping Valinhos, Faculdade Anhanguera (FAV) e as EMEB’s Vice Prefeito Antônio Mamoni e Dom Bosco. O dia 5 é comemorado mundialmente o Dia do Meio Ambiente. Para participar da semana é preciso se inscrever pelo link https://forms.gle/uPktN2WCvDa6NcHB8.
Programação
As comemorações começam na segunda-feira, dia 3,  com a doação de mudas e orientaçõessobre o plantio correto no Shopping Valinhos (Praça de eventos Piso 1 – Em frente a Loja Renner) das 11h às 13h. Haverá também palestra on-line com Cláudia Cristina Barbosa da Silva, do Observatório Ambiental Parque Escola – OAPE da cidade de Hortolândia. O tema será Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), às 19h, pelo Google Meet.
Na terça-feira, dia 4, terá plantio com alunos da EMEB Vice Prefeito Antônio Mamoni às 15 h. A  palestra on-line será com o Grupo do Projeto Trilha da UNESP, com o tema Projeto Trilha: Educação Ambiental na trilha através dos 5 sentidos, às 19h, pelo Google Meet. Às 20h terá doação de mudas e orientações quanto ao plantio correto na Faculdade Anhanguera em Valinhos das 18h às 20h.
Na quarta-feira, dia 5, terá novamente a ação no Shopping Valinhos, entre 11h e 13h. Já a palestra on-line será com o Grupo de Geociências de Espeleologia (GGEO) da USP, com o tema Origem e Importância das Cavernas, às 19h, pelo Google Meet.
Na quinta-feira, dia 6, terá doação de mudas e orientações sobre o plantio correto na Faculdade Anhanguera em Valinhos (FAV), das 18h às 20h, além de palestra Comportamento Humano e Meio Ambiente com a coordenadora do curso de Psicologia da FAV, a psicóloga clínica e escolar Margareth Solange Marcuccio Bucheroni, às 19h.
No dia seguinte, sexta-feira, dia 7, a doação é novamente no shopping, das 11h às 13h. A semana encerra no dia 8 (sábado) com a atividade na EMEB Dom Bosco, das 13h às 15h.

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Valinhos

Alunos plantam 15 mudas na EMEB Padre Leopoldo Petrus

Plantio integra as diversas ações de conscientização do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho

Com foco em promover a arborização do município e a conscientização da importância da preservação do meio ambiente, alunos dos 2º e 3º anos da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Padre Leopoldo Petrus Van Liempt, realizaram nesta quinta-feira (23) o plantio de 15 mudas de árvores em áreas verdes do ambiente escolar.

As sete turmas realizaram o plantio de árvores nativas e frutíferas das espécies: oiti, aroeira pimenteira, ipê amarelo, quaresmeiras, pau-brasil, jabuticabeira, araçá, grumixama, cereja do rio grande, uvaia, gabiroba e abiu. A ação integra a programação de celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho.

“É muito importante que as crianças tenham esse contato com o plantio das árvores. Agora, cada sala será responsável pela espécie que plantou, com o dever de regar, acompanhar o crescimento e prestar os cuidados necessários. Foi uma tarde muito proveitosa e os alunos conheceram muitas espécies novas e aprenderam sobre seu cultivo”, destacou o secretário de Educação, William Leite da Silva.

Outras ações 

A Prefeitura também está realizando a remoção de árvores com risco de queda nas alças do Viaduto Laudo Natel. As espécies estão apodrecidas por dentro e serão removidas para segurança de pedestres e motoristas. Em breve haverá novo plantio no local, garantindo a arborização.

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Brasil e Mundo

Petrobras anuncia redução de 41% nas emissões de CO2

© Fernando Frazão/Agência Brasil

Dado consta do Caderno do Clima, divulgado nesta terça-feira

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

A Petrobras anunciou redução de 41% nas emissões de gás carbônico (CO2), no período de 2015 a 2023. O dado consta da mais recente edição do Caderno do Clima, divulgada nesta terça-feira (30). O CO2, também chamado dióxido de carbono, é um dos principais gases causadores do efeito estufa.

Na avaliação do diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Maurício Tolmasquim, esse foi um “resultado excepcional”. No Caderno do Clima publicado no ano passado, a redução das emissões absolutas operacionais alcançou 39% de 2015 a 2022.

Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, Tolmasquim afirmou que o resultado significa que a Petrobras produziu a mesma quantidade de gás e petróleo, emitindo menos CO2, mesmo com novas plataformas que entraram em operação em 2023. Esse foi também o melhor resultado da história da empresa em termos de diminuição de emissões.

A publicação revela também que a emissão de metano (segundo, dentre os três gases que agravam o efeito estufa) foi reduzida em 68%.

“Isso é relevante porque, porque apesar de o CO2 ser mais abundante, o metano tem maior impacto sobre o aquecimento global. Para ter uma ideia, no período de 100 anos, uma molécula de metano tem um poder de aquecimento 25 vezes maior que o de CO2. Então, você reduzir o metano tem um benefício para o clima bastante importante”.

A publicação mostra ainda que, na área de exploração e produção (EP) de petróleo, a companhia atingiu a menor intensidade de emissão – que é a relação de quanto se emite por barril de petróleo. A intensidade de emissão foi de 14,2 quilos de CO2 por barril. A média mundial é em torno de 18 quilogramas.

Resiliência

Outro tema comentado pelo diretor de Transição Energética e Sustentabilidade foi a resiliência do planejamento da expansão de petróleo, ou seja: adaptar o planejamento diante do cenário mundial. Isso porque a Agência Internacional de Energia prevê chegar a 2050 com meta mundial de produção de 57 milhões de barris diários. Atualmente, o mundo consome 100 milhões de barris/dia, mas com a transição energética, a tendência é de queda na demanda pelo recurso

“A Petrobras tem que se preparar para esse mundo com demanda menor”, disse. Segundo Tolmasquim, com esse cenário, o aquecimento global chegaria a 1,7 graus Celsius (°C), próximo à meta ideal de 1,5 °C.

Para fazer parte desse mundo futuro, é preciso produzir petróleo a um custo competitivo e que emita menos gases de efeito estufa, porque esse será o produto mais demandado no futuro, indicou. “A gente não vai fazer investimentos de que vai se arrepender no futuro. O que a gente está fazendo são investimentos em que há confiança de que serão rentáveis, mesmo em um mundo que demanda menos petróleo”.

Para o diretor, esse é um elemento importante para os investidores da Petrobras, porque significa que a empresa está sendo cautelosa e que o seu portfólio se adapta ao cenário futuro.

São Paulo (SP), 13/09/2023 – Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates,  o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, .apresentam as novas iniciativas que vão tornar a Petrobras a maior desenvolvedora de projetos de eólica offshore do Brasil. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

São Paulo (SP), 13/09/2023 - Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, .apresentam as novas iniciativas que vão tornar a Petrobras a maior desenvolvedora de projetos de eólica offshore do Brasil. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim – Paulo Pinto/Agência Brasil

Diversificação

Segundo Maurício Tolmasquim, para reduzir a pegada de carbono, a empresa está diversificando o portfólio de produtos que emitem menos gases de efeito estufa. Para isso, o Plano Estratégico 2024/2028 prevê investimentos da ordem de US$ 11,5 bilhões, dos quais US$ 5,5 bilhões destinados a investimentos em fontes renováveis, ou energias de baixo carbono. Nesse conjunto estão usinas eólicas em terra e biocombustíveis.

Em paralelo, a Petrobras está estudando as áreas de captura e armazenamento de carbono, de hidrogênio verde e de éolicas ‘offshore’ (no mar). Com relação ao hidrogênio, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade disse estar entusiasmado, porque a empresa consome e produz a maior quantidade de hidrogênio cinza do país, produzido a partir de gás natural.

Estudos indicam que, em 2030, o hidrogênio verde, feito a partir de renováveis, pode ser mais competitivo que o cinza e que o Brasil poderá ser um dos países do mundo com menor custo para o hidrogênio verde.

“Isso abre um potencial enorme para a Petrobras não só produzir para a sua própria atividade, mas para outras atividades que são difíceis de eletrificar, como siderurgia, cimento, petroquímica, fertilizantes. E é o que a Petrobras sabe fazer. Está dentro do seu business.”

Segundo o diretor, no entanto, os investimentos em geração de energia por usinas eólicas em alto mar são planos de longo prazo, por algumas razões.

“Pode ser que no futuro ela seja interessante para edificar nossas plataformas. Além disso, ainda não tem marco regulatório, porque a lei não foi votada. Mas a gente tem que se preparar porque a empresa é offshore, trabalha no mar. Existe uma sinergia entre a exploração e produção de petróleo e a atividade da geração eólica offshore. A gente tem que se preparar agora para quando for mais viável”.

Captura de CO2

O diretor também demonstrou entusiasmo também captura e armazenamento de CO2. A companhia descobriu que, ao longo da costa brasileira, existem reservatórios salinos que podem armazenar quantidades gigantescas de CO2. Hoje, a Petrobras já é a empresa que mais captura CO2 do mundo: 25% de CO2 reinjetados no mundo foram injetados pela Petrobras, no ano passado.

“A gente pode reinjetar os reservatórios salinos próximos à costa, o que permite capturar o CO2 das refinarias, descarbonizar as refinarias ainda mais, mas não apenas isso. A gente pode vender serviços para outras empresas, capturando CO2 delas”.

A ideia, segundo Tolmasquim, é construir bases operacionais para descarbonização ao longo da costa. “Vejo isso como um grande negócio para a Petrobras. A gente vai continuar estudando como tirar petróleo no mundo do mar e, aqui, vai botar CO2 no fundo do mar. E o geólogo vai ter o seu trabalho. Tem a ver com a nossa atividade e é uma área bastante promissora”.

Em relação aos biocombustíveis, Maurício Tolmasquim salientou que a companhia já tem plantas de coprocessamento em que entra óleo vegetal ou gordura animal e sai diesel com 5% de conteúdo renovável. A Petrobras já tem duas plantas operando e planeja construir mais duas.

A companhia está construindo duas outras plantas para produção de combustível renovável para aviação, denominado SAF, que pode reduzir a emissão de CO2 entre 70% e 90%, em comparação com o querosene de aviação. No processo de produção entram 100% de óleo vegetal ou gordura animal e sai o SAF, combustível avançado para aviação. “As perspectivas são muito boas”, concluiu o diretor.

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Brasil e Mundo

Ipam e Banco Mundial lançam plataforma sobre desmatamento na Amazônia

@Polícia Federal/Divulgação

Análise dos dados compreende o período de 1999 a 2022

Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) lançaram hoje (30) uma plataforma que faz previsões sobre o risco de desmatamento na Amazônia Legal e pode servir para nortear políticas de proteção às florestas. O projeto resulta de uma parceria com o Banco Mundial.

A equipe de especialistas possibilita que se visualize um conjunto de cenários que pode se consolidar ou não a partir de determinados fatores econômicos ou de decisões de autoridades governamentais. Para se gerar uma média do nível de desmatamento, o ponto de partida de análise foram dados de 1999 a 2022. Desse modo, conseguiu-se fazer uma previsão do que se pode esperar para os anos de 2023, 2024 e 2025.

Conforme detalha nota técnica, ao se considerar o ritmo de desmatamento como foi ao longo dos últimos anos, sem se adicionar à estimativa outros dados relevantes, o que se constata é um acúmulo de 35% a mais de desmatamento. A perspectiva já muda quando se leva em conta condições macroeconômicas, como os preços das commodities, a exemplo da soja e da carne, e as taxas de câmbio, mas sem que se ponha na equação a interferência política no âmbito da proteção ambiental.

De forma didática, o economista sênior do Banco Mundial Cornelius Fleischhaker simplifica o que fizeram os pesquisadores do Ipam. “O primeiro modelo é, digamos, ignorante, porque é ignorante, só conhece o passado, só leva em conta a média de desmatamento do passado. No segundo, a econometria inclui o desmatamento dos anos anteriores e adiciona a previsão de indicadores econômicos dos próximos anos. Coloca em cima uma camada informada pela economia, que dá complexidade e também fornece mais informação, de certa forma, no sentido de indicar se a pressão econômica está crescendo”, diz.

A pesquisadora Rafaella Silvestrini, uma das coautoras do estudo, destaca um recrudescimento em certas regiões, em relação ao desmatamento. Uma delas é o sul do Amazonas e a outra, a Amacro (acrônimo que faz referência aos estados do Amazonas, Acre e Rondônia). “Desde 2017, 2018, percebe-se um aumento do desmatamento”, acrescenta.

Para Fleischhaker, uma das saídas para haver crescimento de setores econômicos sem que isso signifique a desproteção florestal é o aproveitamento de “terras em uso ineficiente, improdutivo”. “A floresta não tem muito impacto sobre a macroeconomia, mas o inverso, sim. As coisas que acontecem longe da floresta ainda têm impacto na floresta”, afirma.

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Valinhos

DAEV inicia retirada de aguapés da lagoa do CLT

Retirada de plantas aquáticas é feita anualmente em Valinhos

O Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (DAEV) deu início na segunda-feira, dia 8, à retirada de aguapés (macrófitas) na lagoa do Centro de Lazer do Trabalhador (CLT) Ayrton Senna da Silva, por meio de empresa contratada, utilizando a técnica de arrasto com o auxílio de embarcação. A previsão é que o serviço seja finalizado até o final de abril.

As macrófitas são plantas aquáticas que costumam surgir em locais com aporte de sedimentos e nutrientes, comumente encontrados nos corpos hídricos com ambientes lênticos (tais como lagos e lagoas).

De acordo com o Departamento de Operação, o DAEV acompanha o desenvolvimento das plantas e executa o manejo preventivo assim que elas começam a tomar proporções significativas. Desde 2021, quando os lagos apresentaram uma grande concentração das macrófitas, a limpeza vem sendo realizada anualmente entre os meses de abril e maio, período em que elas costumam apresentar crescimento exponencial.

Vale ressaltar que a presença das plantas aquáticas na lagoa do CLT não prejudicou a qualidade da água captada para tratamento. Análises para monitoramento, feitas rotineiramente, indicaram que não houve resultado atípico.

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Brasil e Mundo

Cobertura florestal mundial perde 3,7 milhões de hectares em 2023

© REUTERS/Bruno Kelly

Brasil e Colômbia tiveram desempenho positivo

Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil – São Paulo

Em 2023, os trópicos perderam 3,7 milhões de hectares de floresta primária, o que corresponde, em média, à destruição de dez campos de futebol por minuto ou a uma área do tamanho do Butão.

Tanto para autoridades locais como para a comunidade internacional, que tem metas estabelecidas em acordos, o Brasil representa um desafio, já que ainda lidera a lista dos países com os piores cenários, embora tenha tido uma queda de 36% no índice, puxada, sobretudo, pela melhora na Amazônia.

Os dados constam de relatório produzido anualmente pelo Laboratório de Análise e Descoberta de Terras Globais (Glad), da Universidade de Maryland, que toma como referência o monitoramento da plataforma Global Forest Watch (GFW), do World Resources Institute (WRI). A GFW está no ar desde 2014 e exibe dados praticamente em tempo real sobre proteção das florestas.

De acordo com o levantamento, enquanto Brasil e Colômbia apresentaram desempenhos positivos na conservação das florestas, houve retrocessos nas políticas da Bolívia, Laos, Nicarágua e outros cantos do globo.

No caso do Brasil, o que os especialistas pontuam é que as diretrizes ambientais do governo Lula, de modo geral, são o que é capaz de transformar os indicadores. Como exemplos, listam a promessa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez de demarcar terras indígenas e a importância da aplicação da lei e da revogação de medidas que iam na contramão da preservação ambiental.

O que se recomenda ao Brasil é que se olhe para os diferentes biomas com o mesmo cuidado. A análise evidencia que, ao mesmo tempo que na Amazônia houve queda de 39% no desmatamento de floresta primária do que em 2022, o Cerrado teve um aumento de 6%, mantendo a tendência de aumento de cinco anos, e o Pantanal sofreu as consequências de perda florestal por queimadas que têm se alastrado por grandes perímetros.

Na Bolívia, a perda de floresta primária subiu 27% em 2023. O país vizinho registrou alta pelo terceiro ano consecutivo e ficou em destaque por ter a terceira maior perda de floresta primária dos países tropicais. O dado chama a atenção porque sua área de florestas já é menor do que a metade das existentes na República Democrática do Congo e na Indonésia.

Metas

De 2022 para 2023, a perda de floresta primária no Brasil caiu de 43% para 30%. Apesar disso, atualmente, o país tem um quadro mais grave do que o da República Democrática do Congo e o da Bolívia.

Em linhas gerais, o relatório demonstra que, ao se confrontar dados de 2023, 2019 e 2021, observa-se pouca variação no grau de perda florestal, o que significa que também não tem havido grandes saltos em direção à Declaração dos Líderes de Glasgow, que estabelece como meta o comprometimento dos países com a causa.

O tempo para alcançá-la, alertam os pesquisadores, vai se extinguindo, uma vez que o prazo fixado é o ano de 2030 e, a cada ano, nas últimas duas décadas, o mundo perdeu de 3 a 4 milhões de hectares de floresta tropical.

O Canadá também é mencionado pela equipe de pesquisadores, lembrado pelos inúmeros focos de incêndio que teve de debelar recentemente. O país, que está fora dos trópicos, mas dá também mostras do que acontece neles, conforme ressaltam os acadêmicos, viu a perda de cobertura florestal ocasionada por incêndios quintuplicar entre 2022 e 2023.

A Indonésia registrou um aumento de 27% na perda de floresta primária, no ano passado, quando houve a passagem do fenômeno El Niño na região, algo que gerou especulação sobre a possibilidade de o país assistir a uma reprise da temporada de incêndios de 2015. O relatório frisa que tal taxa segue historicamente baixa, em comparação com a daquela época.

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Brasil e Mundo

Ibama cria plataforma para acompanhar recuperação ambiental

 

Ação integra Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa

Por Fabiola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) criou a Plataforma de Acompanhamento da Recuperação Ambiental (Recooperar), que reunirá dados de áreas degradadas ou alteradas para desenvolvimento de projetos ambientais. A norma que institui a ferramenta foi publicada nesta terça-feira (2) no Diário Oficial da União e começará a vigorar no próximo dia 15.

Além das ações de recuperação ambiental promovidas pelo Ibama, a Recooperar reunirá processos administrativos, inclusive municipais e estaduais, sobre áreas degradadas e dados geográficos como bioma e informações hidrográficas, além de definições como a destinação dada, se pertence a uma unidade de conservação, territórios quilombolas, terras indígenas, ou se possui Cadastro Ambiental Rural (CAR).

De acordo com a instituição, foram incorporadas informações sobre áreas embargadas, sobre Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (Prads) para reparação de danos ambientais, projetos de plantio compensatório e reposição florestal.

Plataforma de Análise

Atualmente, o acompanhamento de processos do Ibama é feito por meio da Plataforma de Análise e Monitoramento Geoespacial da Informação Ambiental (Pamgia), onde estão disponíveis apenas consultas de processos por estado, município, data de cadastro, origem ou número do processo administrativo. Para a nova plataforma serão migrados os dados de outras plataformas do órgão, como o Cadastro Simplificado de Vetores do Ibama (CASV).

Segundo as normas, o Ibama disponibilizará também instruções aos usuários para acesso à nova plataforma, cadastro de perfil e consulta às funcionalidades.

A iniciativa é uma estratégia de implementação da Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, também alinhada aos acordos internacionais assumidos pelo Brasil, como o Desafio de Bonn e a Iniciativa 20×20, que têm como meta restaurar 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030.

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Valinhos

Guardas Municipais de Valinhos e Vinhedo se reúnem para falar sobre ações de meio ambiente

Encontro aconteceu no COI, em Valinhos

A Guarda Civil Municipal de Valinhos, por meio do Grupo Ambiental (GAM), participou nesta semana de um encontro focado em meio ambiente. A reunião aconteceu no último dia 27 na sede da corporação valinhense, no Centro de Operações e Inteligência (COI), e teve de dois representantes da Guarda Ambiental de Vinhedo.

Na reunião os presentes de cada efetivo puderam alinhar e trocar experiências sobre procedimentos em ocorrências com ênfase em meio ambiente, tais como queimadas, cortes de árvores, identificação de animais silvestres em cativeiro e legislações pertinentes.

“O GAM é um instrumento de articulação entre as secretarias municipais da Prefeitura, responsáveis pela fiscalização dos agentes causadores de poluição e degradação do meio ambiente urbano e rural. O grupo também atua no patrulhamento preventivo nos bairros rurais e, por isso, o compartilhamento de informações com nosso município vizinho, assim como o alinhamento de procedimentos, é fundamental à continuidade e aperfeiçoamento das ações adotadas”, falou o secretário de Segurança Pública e Cidadania, Argeu Alencar da Silva.

Atuando com veículos operacionais e equipamentos de salvamento, as equipes do GAM realizam o patrulhamento preventivo de segurança nos bairros rurais da cidade em combate à criminalidade, proporcionando a criação de vínculos com os moradores dessas regiões para agilizar o atendimento no caso de emergências.

As equipes do GAM também trabalham na captura de animais silvestres em residências e estabelecimentos. A orientação para a população, quando se deparam com estes animais, é se afastar deles e acionar o telefone de emergência 153.

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