INVESTIMENTO

Valinhos

Grupo BAW inaugura Centro de Distribuição e Treinamento em Valinhos para expandir mercado

Com investimento de R$ 8 milhões, nova unidade visa fortalecer presença no Sudeste e ampliar faturamento em 52% nos próximos três anos

O Grupo BAW Brasil, com sede em Caxias do Sul (RS), inaugura no próximo dia 5 de setembro seu novo Centro de Demonstração e Treinamento (CDT) em Valinhos, São Paulo. Especializada em soluções de corte e solda, a empresa aposta na nova unidade para consolidar sua presença em regiões estratégicas do país, especialmente no Sudeste, considerado um mercado promissor para o crescimento da companhia.

O investimento total de R$ 8 milhões inclui R$ 100 mil para estrutura física e R$ 7,9 milhões em equipamentos de última geração para demonstração. A expectativa é que o CDT de Valinhos contribua para dobrar a capacidade de atendimento e distribuição de produtos, além de aumentar a competitividade no mercado nacional. “A abertura da planta em São Paulo não só nos permitirá atender melhor regiões importantes do país, mas também expandir significativamente nossa presença no Sudeste”, destaca Sérgio Ferrero, diretor Comercial do Grupo BAW.

A nova unidade faz parte de um plano de expansão da empresa, que já registrou um crescimento de 12% no número de colaboradores nos últimos 12 meses. Com a operação do CDT, o Grupo BAW espera aumentar em 50% sua base de clientes e alcançar um crescimento de 52% no faturamento nos próximos três anos. A empresa almeja se posicionar entre os três maiores players de corte e solda do Brasil, reforçando sua presença em um mercado onde ainda há grande potencial de inserção.

Fundado com a missão de oferecer tecnologia de ponta e atendimento personalizado, o Grupo BAW Brasil se destaca por sua expertise em engenharia e fabricação de equipamentos para diversos setores industriais. Com um portfólio que inclui marcas reconhecidas como Femcor, Axo Welding, Kemppi e Hypertherm, a empresa é referência no fornecimento de soluções que vão desde mesas de corte a plasma, laser e oxicorte, até uma linha completa de produtos para solda.

Com a inauguração em Valinhos, o Grupo BAW fortalece sua estratégia de expansão e reafirma o compromisso de proporcionar soluções inovadoras e um atendimento de excelência aos seus clientes em todo o território nacional.

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Economia

BNDES anuncia R$ 1,39 bi para indústria farmacêutica desenvolver medicamentos inovadores e acessíveis

De janeiro a meados de julho deste ano, Banco aprovou mais de R$ 2 bi para o segmento de fármacos, 33% a mais que o total de 2023

Agência Gov | Via BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quarta-feira, 14, em evento sobre investimentos no Complexo Econômico da Saúde, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília, a aprovação de R$ 1,39 bilhão em três operações de financiamento a planos de pesquisa, desenvolvimento e inovação da indústria farmacêutica nacional. Foram aprovados R$ 500 milhões do programa BNDES Mais Inovação para a EMS, R$ 390 milhões para a Aché e outros R$ 500 milhões para a Eurofarma. A ministra Nísia Trindade (Saúde) e o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (MDIC), também participaram do evento.Em sua fala, Mercadante destacou que o complexo da saúde representa em torno de 9,7% do PIB. “É um setor fundamental que gera muita inovação tecnológica, além de ter um papel decisivo na sobrevida, na qualidade de vida da população. O que estamos fazendo hoje aqui não é mais só produzir genéricos, mas é começar a desenvolver novas rotas tecnológicas, novos produtos. Nós vamos registrar produtos aqui nos Estados Unidos, na União Europeia, nos mercados mais sofisticados, e estamos financiando projetos de inovação de ponta da indústria de saúde, que é um orgulho do país e vai cada vez ser mais importante”, afirmou.

Segundo ele, graças ao apoio do Banco, a indústria nacional ofertará medicamentos inéditos, com redução de, no mínimo, 35% no preço ao consumidor. “Sem negacionismo na ciência, o governo do presidente Lula estimula a pesquisa e o desenvolvimento, contribuindo também para fortalecer a indústria nacional e reduzir o histórico déficit da balança comercial nesse setor”, ressaltou.

EMS – O laboratório EMS investirá os recursos na produção de oito medicamentos genéricos para diabetes e câncer, e em 17 inovações em anti-inflamatórios, antialérgicos, analgésicos e outros fármacos para ansiedade, insônia e náusea. Os investimentos fazem parte do plano de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação da empresa, projeto alinhado com os desafios listados pelo Ministério da Saúde.

Dos oito medicamentos genéricos a serem fabricados, cinco visam ao controle de diabetes e três destinam-se ao tratamento da leucemia mieloide crônica, câncer de próstata e carcinoma de células renais. Seis desses produtos são inéditos no Brasil.

“Estamos trabalhando fortemente para levar cada vez mais produtos inovadores para as pessoas. Nesse sentido, o aporte do BNDES tem um importante significado para nós e corrobora com a nova era que vivemos: a da EMS dos estudos incrementais, das tecnologias inovadoras, disruptivas, inéditas e pioneiras, que continuarão promovendo bem-estar, qualidade de vida e ampliando o acesso à saúde”, diz o vice-presidente da EMS, Marcus Sanchez.

Aché – Os R$ 389,7 milhões aprovados para a Aché Laboratórios Farmacêuticos serão destinados ao plano de pesquisa, desenvolvimento e inovação de medicamentos da empresa, compreendendo mais de 70 projetos de produtos, alguns deles envolvendo novos princípios ativos, novas concentrações e formas farmacêuticas para oferecer conveniência aos pacientes e novas associações em dose fixa.

Os novos medicamentos trarão novas opções no tratamento das mais diversas enfermidades, tais como diabetes, insuficiência cardíaca, doença renal crônica, cânceres de mama e de pulmão, mieloma, hipercolesterolemia, asma, rinite alérgica, dor, inflamações, distúrbios psiquiátricos e psoríase, além de alopecia (tipo de calvície), acne e obesidade.

O plano do Aché também contempla a instalação de um laboratório de P&D de fármacos de alta potência em Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo (SP). Os recursos correspondem à totalidade do valor a ser investido no projeto, que deverá ser concluído em 2026.

Uma área já construída de 170 m2 será utilizada para a implantação do laboratório, que terá um custo total de R$ 8,9 milhões – R$ 3,4 milhões para readequação e R$ 5,5 milhões em máquinas, equipamentos e utensílios. Com as novas instalações, o Aché ganhará agilidade no projeto de desenvolvimento, passando a desenvolver internamente processos que hoje dependem de parceria com outras empresas.

Após a conclusão do plano de P&D e Inovação da empresa, o quadro de funcionários envolvidos com atividades de pesquisa e desenvolvimento deverá ser ampliado de 375 para 436.

Empresa 100% nacional, o Aché é uma das poucas indústrias farmacêuticas que têm projetos envolvendo a descoberta e desenvolvimento de novos princípios ativos. Neste projeto, mais de uma dezena de produtos apoiados contam com princípios ativos inovadores, enquanto outros apresentam inovações no produto final ou na tecnologia farmacêutica empregada.

Obedecendo aos princípios de sustentabilidade socioambiental e de governança corporativa, a empresa também investe na descoberta e desenvolvimento de medicamentos a partir de fontes naturais, especialmente da biodiversidade brasileira. A empresa também cria e sintetiza moléculas inovadoras para desenvolver novos fármacos, além de empreender pesquisas em nanotecnologia e aplicar novas tecnologias, incubadas internamente ou obtidas por licenciamento.

Eurofarma – A Eurofarma Laboratórios S.A também investirá os R$ 500 milhões aprovados pelo BNDES no seu plano de pesquisa, desenvolvimento e inovação por meio do Eurolab, centro de pesquisa da empresa em Itapevi (SP). A empresa deve desenvolver cerca de duas centenas de projetos focados em inovação radical, incremental e, também, na chegada de novos genéricos e biossimilares no mercado brasileiro.

O plano de P&D da Eurofarma contempla o desenvolvimento de 60 projetos exclusivos, a entre melhorias incrementais e medicamentos novos. Detentora do maior centro de pesquisa instalado na América Latina, a empresa conta com mais de 750 pesquisadores e uma plataforma comercial que abrange toda a América Latina, mantendo operação própria em mais de 22 países. O objetivo da companhia ao impulsionar os projetos de inovação é se manter na liderança em produtos novos e medicamento vendidos sob prescrição no país.

Com o desenvolvimento de novos medicamentos, a Eurofarma contribuirá com a ampliação da oferta de medicamentos no mercado privado e que atendam demandas do SUS. A empresa atua em todos os principais segmentos farmacêuticos e tem disponibilizado no mercado nacional mais de 20 produtos novos ao ano. Fortemente presente em sistema nervoso central, antibióticos e produtos para a saúde da mulher, a empresa pretende ampliar seu portfólio em tratamentos para dor, diabetes, sistema circulatório e cardiovascular, entre outros.

Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, os três projetos estão alinhados com a nova política industrial. “A Nova Indústria Brasil tem como um dos objetivos fortalecer o Complexo Econômico-Industrial de Saúde, a partir de investimentos que permitam o desenvolvimento de novos medicamentos que tenham potencial de reduzir a vulnerabilidade do Sistema Único de Saúde”, afirma.

Apoio ao setor – Desde janeiro de 2023 até o mês passado, as aprovações de crédito do BNDES para o complexo industrial da saúde somaram R$ 4,5 bilhões, valor recorde da série histórica, iniciada em 1995. De janeiro a julho deste ano, as aprovações para o setor inteiro somaram R$ 2,28 bilhões, montante que excede em 34% o total apurado em 2023.

Somente no segmento da indústria farmacêutica, o total aprovado nos primeiros sete meses de 2023 já alcançou R$ 2,1 bilhões, valor 33% superior ao registrado em todo o ano de 2023 (R$ 1,51 bilhão).

Com o apoio do Banco, as indústrias estão desenvolvendo novos medicamentos, novas associações farmacêuticas (que facilitam a absorção e a administração), vacinas, montagem de centros de pesquisa e desenvolvimento e adquirindo máquinas e equipamentos.

Mais investimentos – O BNDES espera adicionar mais R$ 1,5 bilhão em novas operações do Complexo da Saúde, alcançando R$ 5,5 bilhões em dois anos. O Banco também vai estruturar o Fundo de Investimento em Biotecnologia para startups de saúde, com ênfase em empresas com soluções baseadas ciência e tecnologias de alta complexidade, como a biotecnologia. O Fundo deve ter valor de R$ 250 milhões, com participação do BNDES, da Finep e de investidores privados.

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RMC

Campinas terá mais de R$ 400 milhões em quatro projetos do Novo PAC Seleções

Recursos serão direcionados para as áreas de mobilidade urbana, saneamento e infraestrutura social e inclusiva

O município de Campinas foi contemplado em mais de R$ 400 milhões em recursos do Governo Federal por meio do Novo PAC Seleções: Cidades Sustentáveis e Resilientes, Infraestrutura Social e Inclusiva e Água Para Todos. O anúncio foi feito na última sexta-feira, 26 de julho, pelo Ministério das Cidades. Foram selecionados quatro projetos: BRT Centro; construção de dois novos terminais de ônibus; implantação de sistema de esgotamento sanitário, construção de subadutoras e modernização de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Já a construção de um Centro Comunitário, na modalidade Convive, tem execução do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Os investimentos do BRT Centro são da ordem de R$ 54,7 milhões. O projeto prevê a implantação de um novo corredor exclusivo de ônibus BRT na área central da cidade. Ainda dentro do quesito mobilidade urbana, o Ministério das Cidades também aprovou a etapa inicial para elaboração de projetos básico e executivo para a construção dos terminais de ônibus Campo Belo e Amarais, com recursos da ordem de R$ 2,5 milhões.

Para as obras de saneamento, a Sanasa teve autorização para contratar financiamento no valor de R$ 354,1 milhões. O recurso será empregado na implantação do sistema de esgotamento sanitário da região do Guará, na construção de cinco subadutoras e na modernização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Samambaia.

No eixo Infraestrutura Social e Inclusiva, está a modalidade Convive (Centro Comunitário pela Vida), que é executada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Nessa área Campinas também foi contemplada para construção de um Centro Comunitário, mas aguarda publicação da portaria do Governo Federal que oficializará o valor do recurso que será disponibilizado para contratação de financiamento.  As unidades “Convive” são equipamentos públicos de prevenção à violência e redução da criminalidade no âmbito municipal, que visam à promoção da cultura de paz, geração de oportunidades e inclusão social em territórios vulneráveis e em outras áreas de descoesão social.

Mobilidade Urbana

O primeiro projeto de mobilidade urbana oficializado pela publicação da portaria nº 767, na última sexta-feira, se refere ao Corredor Central. Nesse caso, os recursos do Novo PAC para a mobilidade urbana de Campinas, somam R$ 54.754.841,38, que serão investidos no Corredor Central, antigo Rótula. Está prevista a implantação de piso rígido (concreto) em todos os 4,1 km de extensão do corredor.

O projeto ainda contempla a construção de quatro estações com piso alto para a parada das linhas BRT, que circulam por ali. As estações ficarão na avenida Moraes Sales, avenida Anchieta, uma na altura da Prefeitura e outra na altura da rua Dona Libânia, e a quarta estação, na avenida Orosimbo Maia. Tem também a adequação do Terminal Central, com a implantação de cinco plataformas com piso alto, para a operação das linhas BRT. A elaboração dos projetos básico e executivo, e a obra, devem durar 36 meses.

Em relação ao recurso de R$ 2.587.603,99, anunciado para o projeto de construção dos Terminais Campo Belo e Amarais, vale ressaltar que essa é uma demanda importante da cidade de Campinas e que deve beneficiar uma população de 60 mil habitantes, no Campo Belo, com um volume de 35 mil passageiros/dia. Já no Amarais, devem ser beneficiados 50 mil habitantes, com um volume de 32 mil passageiros/dia.

No caso dos terminais Campo Belo e Amarais, a Emdec atende a uma necessidade antiga daquelas regiões, descentralizando o atendimento do Transporte Público e tornando os deslocamentos mais eficientes. O Terminal Campo Belo é uma demanda apontada pela própria população, durante uma audiência pública, realizada na região.

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Saúde

Saúde anuncia R$ 147,7 milhões para hospitais gaúchos

© Matheus Damascena/MS

Recursos vão atender a 217 estabelecimentos filantrópicos do estado

 

 Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (18), o repasse de R$ 143,7 milhões para a rede de hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul. Os recursos vão beneficiar todos os 217 estabelecimentos privados sem fins lucrativos do estado, o que representa 62% do total de hospitais que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS), e 72% dos leitos SUS no Rio Grande do Sul, de acordo com a pasta. O Rio Grande do Sul foi afetado por enchentes históricas em maio, que atingiram praticamente o estado inteiro.

Segundo o ministério, o valor será disponibilizado em parcela única e poderá ser utilizado em ações da atenção especializada ambulatorial e hospitalar e aquisição de suprimentos, insumos e produtos hospitalares. Também será possível definir protocolos assistenciais específicos para o enfrentamento da situação emergencial, realizar campanhas educativas e garantir a manutenção de equipamentos de apoio à assistência especializada.

Uma outra parcela de recursos será liberada mais à frente, para ampliar a oferta de atendimento com especialistas médicos. Com o novo repasse, informou a pasta, o governo federal soma mais de R$ 277 milhões destinados às instituições filantrópicas, para reforçar a atenção especializada no Rio Grande do Sul. Em junho, 68 unidades já haviam recebido R$ 133,6 milhões para enfrentamento à calamidade e emergência de saúde pública. O recurso é adicional às despesas regulares do SUS no estado, segundo o governo.

A disponibilização do recurso atende a uma demanda da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul. No mês passado, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, se reuniu com os representantes da rede.

 

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RMC

RMC recebe R$ 106,7 milhões em investimento na infraestrura da educação do governo de SP em 18 meses

Investimento foi realizado em 1.261 construções e reformas nas redes estadual e municipais, mais de 650 mil alunos de 327 municípios foram beneficiados

O Governo do Estado de São Paulo investiu R$ 1,032 bilhão em obras de infraestrutura na Educação de janeiro de 2023 a junho deste ano. O aporte financeiro foi alcançado em tempo recorde: apenas 18 meses. O montante equivale a aproximadamente o valor total investido entre 2019 e 2022, quando o Estado investiu R$ 1,055 bilhão em melhorias.

Na região de Campinas, foram investidos R$ 106,7 milhões em 138 obras. Receberam melhorias nos 18 meses unidades de ensino localizadas nas cidades de Campinas, Aguaí, Americana, Amparo, Araras, Artur Nogueira, Caconde, Casa Branca, Charqueada, Cordeirópolis, Elias Fausto, Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Hortolândia, Indaiatuba, Itapira, Itatiba, Itobi, Jundiaí, Leme, Limeira, Lindóia, Mococa, Mogi Guaçu, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Piracicaba, Pirassununga, Porto Ferreira, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Santa Bárbara d’Oeste, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Gertrudes, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, São Pedro, São Sebastião da Grama, Serra Negra, Tambaú, Tapiratiba, Valinhos, Vargem Grande do Sul e Várzea Paulista.

Balanço da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) aponta que foram entregues 1.261 obras em escolas e creches públicas nos 18 meses da atual gestão. Mais de 650 mil alunos de 327 cidades foram beneficiados pelas intervenções. O Estado investiu em reformas completas de escolas estaduais, em melhorias em quadras, cozinhas, refeitórios e sala de aula, revitalização de fachadas, intervenções em telhados e em adequações para acessibilidade, além da entrega de 44 creches municipais.

Para o secretário Renato Feder, a infraestrutura das escolas reflete diretamente no aprendizado dos alunos. “Estamos 100% empenhados na melhoria do ensino, na recuperação da defasagem e oferecer uma rede mais bem estruturada com quadras, laboratórios e recursos tecnológicos cumpre um papel muito importante de tornar as atividades escolares mais atrativas, as reformas são fundamentais para o sucesso da educação”

Jean Pierre Neto, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão responsável pelas obras da Seduc-SP, conta que para entregar mais com menos sem abrir mão da qualidade do produto final, foi necessário planejamento e revisão de processos com foco na otimização de tempo e recursos. “Nós visitamos as escolas, fizemos um mapeamento prévio dos desafios, conversamos com comunidade escolar, diretores, dirigentes e a Secretaria de Educação para entender quais eram as necessidades da rede. Feito isso, começamos as ações para agir rapidamente. Então, revisamos nossos fluxos de trabalho para que pudéssemos ter licitações mais ágeis. No ano de 2023, fizemos cerca de mil licitações na Fundação. Conseguimos dar muita celeridade para as contratações e através da celeridade, a gente consegue assinar os contratos mais rápido e inicia as obras mais rapidamente”.

O presidente da FDE ressalta também a importância de fazer fiscalizações preventivas para corrigir problemas durante o processo de execução, garantindo que as entregas sigam o padrão FDE de qualidade e evitando, assim, reparos futuros e atrasos. Ele também explica que funciona como uma engrenagem: “Esses são grandes pontos que deram muita celeridade em relação às nossas contratações, consequentemente aumentando o número de contratações e execução das obras. Além de, obviamente, da busca por economia: procuramos revisar nosso catálogo técnico, encontrar redução nos custos das nossas construções, encontrar materiais e metodologias construtivas mais baratos”.

Essas metodologias permitem, segundo Jean reduzir consideravelmente a geração de resíduos e o custo com a destinação desse resíduo e o tempo de execução das obras, gerando uma economia e possibilitando que a gente faça mais contratações entregando mais com menos e primando pela qualidade.

A expectativa da Secretaria da Educação é alcançar, até o fim de 2024, 2.000 obras entregues.

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Economia

Amazônia deve receber R$ 500 milhões para desenvolvimento científico

© Luara Baggi/ASCOM/MCTI

Recursos vão subsidiar apoio à infraestrutura e pesquisa na região

Por Gilberto Costa – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O governo federal deverá investir cerca meio bilhão de reais para o desenvolvimento científico e tecnológico na região amazônica. O anúncio foi feito pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em conferência na 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), que está sendo realizada em Belém, no campus da Universidade Federal do Pará.

Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FNDCT), que entrará com R$ 160 milhões, do Programa ProAmazônia, com R$ 150 milhões, e do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome, com R$ 184,2 milhões.

O dinheiro do FNDCT vai subsidiar apoio à infraestrutura e pesquisa científica na região. “São verbas voltadas para recuperação, atualização e criação de laboratórios, acervos científicos, históricos e culturais e coleções biológicas”, explicou Luciana Santos. Segundo a ministra a, a maior parte dos recursos, R$ 110 milhões, será aplicada em projetos dessas linhas, “com prioridade para propostas de fora das capitais dos estados amazônicos.”

Além da verba do fundo, a ministra anunciou mais R$ 10 milhões para salvaguardar os acervos do Programa de Coleção Científicas e Biológicas do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa). As coleções, iniciadas em 1954, são consideradas como a maior referência da biodiversidade da Floresta Amazônica.

A intenção é usar o recurso para construir um novo herbário de plantas do bioma. “Fizemos assim também com o Museu [Paraense] Emílio Goeldi, que estava ali, em uma situação de calamidade”, lembrou a ministra.

Novo museu

Luciana Santos também prometeu destinar R$ 20 milhões para o Museu das Amazônias, um novo espaço a ser construído para a revitalização do Armazém 4A, no Parque Urbano Belém Porto Futuro. “A nossa intenção é que até a COP 30 [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, prevista para novembro de 2025], esse museu possa estar pronto.” A iniciativa é do governo do Pará, mas conta com recursos federais e de organismos internacionais.

Com os recursos do ProAmazônia, a ministra prevê financiar “o projeto de inovação das empresas nas áreas de bioeconomia, cidades sustentáveis, descarbonização dos processos produtivos, transformação digital, economia digital, restauração florestal, transporte e monitoramento ambiental.”

As verbas do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome deverão custear o desenvolvimento de soluções tecnológicas para cadeias socioprodutivas da bioeconomia e sistemas agroalimentares. Haverá um edital instituições de ciências, tecnologias e outro edital para empresas brasileiras na região, públicas ou privadas.

“O objetivo é apoiar projetos que promovam soluções de gargalos científicos e tecnológicos, enfrentados na estruturação e fortalecimento das cadeias socioprodutivas baseadas na biodiversidade brasileira, desenvolvendo produtos, processos, tecnologias e serviços, de modo a agregar e reter valor junto aos elos iniciais das cadeias produtivas e sistemas agroalimentares, porque o que queremos é melhorar a qualidade de vida das populações, promovendo a inclusão e o aumento da eficiência produtiva”, detalhou Luciana Santos.

Após a conferência, a ministra ouviu pedidos para aumentar os valores da parte não reembolsável do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia e críticas quanto à participação da comunidade científica nas reuniões dos comitês setoriais do fundo e quanto à demora de formalização dos conselhos técnicos científicos. “Nós temos muita confiança em vocês, mas nós queremos ser ouvidos, até porque há muitas questões a colocar”, disse o filósofo e ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, atual presidente da SBPC.

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Brasil e Mundo

Alckmin diz que setor automotivo investirá R$ 100 bilhões até 2029

© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Medida aumentará frota nacional de veículos elétricos e híbridos

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

O setor automotivo brasileiro deverá receber cerca de R$ 100 bilhões em investimentos nos próximos anos. O número, apresentado por representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, foi divulgado nesta quarta-feira (7) pelo ministro em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, veiculado pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Alckmin se reuniu na terça-feira (6) com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima. Durante o encontro, o dirigente disse que o total a ser investido na indústria automotiva brasileira será maior do que os R$ 41,2 bilhões anunciados na semana anterior.

“Na reunião que tive com representantes da Anfavea, foi anunciada a expectativa de um total de R$ 100 bilhões nos próximos anos, provavelmente até 2028 ou 2029. Tanto em veículos leves como pesados, como ônibus e caminhões. Tanto em motores à combustão como etanol, total flex, híbridos e elétricos”, disse Alckmin.

Segundo Alckmin, “será um investimento recorde”, que resultará na construção de, pelo menos, quatro fábricas.

“Já temos fábrica de ônibus elétrico. Teremos também duas fábricas de carros elétricos. São duas montadoras. A BYD [empresa chinesa que assumiu o complexo industrial que pertenceu à Ford] em Camaçari [BA]; e a GWM [Great Wall Motors, também chinesa], em São Paulo. Mas outras virão”, acrescentou.

O ministro lembrou que o setor automotivo tem, entre suas vantagens, a de estimular uma cadeia longa de produtos que favorecem desde as indústrias do aço e de vidro, até de pneus e autopeças, “gerando muito emprego e agregando muito valor”.

“Isso será facilitado pela retomada da economia”, disse o ministro ao destacar que esses investimentos são estimulados por iniciativas como a do Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que ampliou as exigências de sustentabilidade para a frota automotiva nacional, de forma a viabilizar a descarbonização dos veículos por meio de incentivos fiscais.

“Duas boas notícias vão aumentar a venda da indústria automotiva. A primeira é a queda da Selic [taxa básica de juros], que deve se manter. A outra é o Marco de Garantia, aprovado pelo Congresso Nacional. Ou seja, se [uma empresa] vende um carro e a pessoa não paga, agora com o Marco de Garantia pode-se pegar o carro de volta”, argumentou Alckmin.

Reoneração gradual

Na entrevista, Alckmin reiterou as justificativas do governo para a reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia. Segundo ele, a preocupação do governo é com a responsabilidade fiscal, visando a meta de déficit primário zero.

“Há um tripé importante para economia: juros, câmbio e imposto. A reforma tributária trouxe eficiência econômica para o país. O câmbio, a R$ 5, está bom para a exportação. Precisamos ainda baixar os juros, que já estão caindo 0,5 ponto percentual ao mês”, disse.

“A preocupação do [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad, de não fazer déficit, está, portanto, correta. Eram 17 setores, mas incluíram os municípios. Então dobrou o custo de R$ 9 bilhões para R$ 18 bilhões. É uma questão de constitucionalidade. Para abrir mão de R$ 9 bilhões, tem de informar o que será cortado ou que imposto será aumentado. A preocupação é fiscal e jurídica”, argumentou.

O ministro disse acreditar que tudo se resolverá com diálogo, e que as negociações voltarão após o carnaval. “Nossa expectativa é de diálogo, e nisso o presidente Lula é mestre”, acrescentou ao sair da entrevista.

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