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Entrevista da Semana – Rodrigo Pavani

RAIO X

Nome – Rodrigo Pavani

Idade – 36 anos

Profissão – Consultor 

“O cara deve IPTU de um imóvel residencial, além de ISS de uma empresa, desde de 2011”

A Folha de Valinhos entrevistou Rodrigo de Campos Pavane, de 36 anos, que ficou conhecido por fazer duras críticas ao vereador Edson Secafim durante a sessão da Câmara Municipal no último dia 12 de novembro

“Edson Secafim: Um político demagogo que não tem coragem para discutir política abertamente e que não admite críticas ao seu trabalho. Ele se esconde atrás de um personagem que gosta de atacar e atirar para todo lado porque não tem consistência, não tem estofo nem bagagem, e acaba acuado quando é contrariado ou surpreendido”

A Folha de Valinhos localizou nesta semana o consultor Rodrigo de Campos Pavane, de 36 anos, que ficou conhecido por fazer duras críticas ao vereador Edson Secafim durante a sessão da Câmara Municipal de Valinhos no último dia 12 de novembro.

Em plenário, Pavane confrontou o vereador em voz alta, de forma que todos pudessem ouvir, afirmando que Secafim possui uma dívida de mais de 125 mil reais em tributos com a Prefeitura, a maior parte com o IPTU. Disse também que Secafim é “demagogo”.

Em seguida, Pavane foi acusado pelo parlamentar de ter feito ameaças pessoais contra ele e sua família. Secafim procurou uma delegacia de polícia, em Campinas, onde registrou um boletim de ocorrência em que aparece como vítima de ameaça, calúnia, difamação, injúria e associação criminosa.

“Esse boletim de ocorrência mostra bem quem é Edson Secafim: Um político demagogo que não tem coragem para discutir política abertamente e que não admite críticas ao seu trabalho. Ele se esconde atrás de um personagem que gosta de atacar e atirar para todo lado porque não tem consistência, não tem estofo nem bagagem, e acaba acuado quando é contrariado ou surpreendido. Animal acuado tende a reagir com muita força”, disse.
A entrevista exclusiva foi feita na última segunda-feira em um escritório, em Campinas, que pertence a advogados que cuidam da defesa de Pavane em outro processo, também provocado por acusações.
Veja a seguir a íntegra da entrevista.

Folha – Quem é o Rodrigo Pavane?
Rodrigo Pavane
– Sou um cidadão inconformado com a política no nosso país de uma forma geral. Fui para as ruas em 2013 questionar os aumentos das tarifas de ônibus e os governos de forma geral, e desde então tenho feito aquilo que eu acho correto para tentar ajudar de alguma forma as coisas a ficarem mais claras, a ficarem melhores.

Folha – O senhor tem alguma ligação política ou partidária?
Rodrigo Pavane
– Não. Estou do lado do povo, para questionar os políticos que precisam ser questionados. Não importa partido ou ideologia. Minha defesa é a da democracia.

Folha – Você é conhecido por não medir as palavras e por pegar pesado com alguns políticos…
Rodrigo Pavane
– Falo com os políticos do jeito que eu sou, do jeito que eu falo normalmente no meu dia a dia. Sou uma pessoa que fala alto, que tem um tom de voz mais forte mesmo. Mas quem não deve nada não precisa ter medo de voz forte ou tom mais duro, não é? Sou duro e direto, mas muito coerente com aquilo que eu penso e faço.

Folha – Você é conhecido por estar envolvido com acusações e tumultos na Câmara de Campinas…
Rodrigo Pavane
– Sou um cidadão inconformado com a classe política de forma geral. Ainda mais quando o cara é eleito pelo povo para ser vereador, para representar os interesses de forma geral, e acaba pensando só em seus próprios interesses, em fazer política usando a demagogia. Como é o caso desse vereador Edson Secafim, que eu vejo criticando o prefeito de Valinhos nas redes sociais, posando de último reduto moral, mas que é um demagogo de mão cheia. Até outro dia ele era da base de apoio ao prefeito e saiu por que? Pergunta para ele e depois me conta. Se fosse para ajudar a construir uma cidade melhor, poderia ter ficado com o governo e ajudado a propor ações concretas para resolver os problemas que estão aí. Isso é fazer política com objetivo no melhor para a população, e não sair atacando todo mundo para se destacar.

Folha – Por que? O senhor conhece o vereador?
Rodrigo Pavane
– Conheço, e tem muita gente que conhece e vai concordar comigo. Recebi muitas mensagens positivas de apoio depois que eu fui lá na Câmara. É incrível como as pessoas em Valinhos são conscientes. Mas infelizmente tem muita gente que não conhece e não sabe que ele tem muita garganta e pouca ação efetiva. É um demagogo capaz de criticar o prefeito ou qualquer outra pessoa que ele tenha interesse de atacar, mas que não usa a mesma régua para medir seus próprios atos. Sabe por que? Porque ele quer ser prefeito, ele acha que tem espaço para um político sem conteúdo, de visão curta e populista como ele. Esse cara começou um tempo atrás a copiar o prefeito de Colatina, cortando matinho em praça e varrendo ruas, mas teve que parar porque foi execrado pela população quando começou a postar essa coisa bizarra nas redes sociais. Quer exemplo maior de populismo e demagogia do que isso? Para com isso, né. Isso não cola em uma cidade com o grau de consciência de Valinhos.

Folha – Mas ele foi eleito…
Rodrigo Pavane
– Estamos falando de um cara que diz abertamente que o prefeito é “mão de ferro” e “imperador”, mas que não é diferente quando se acha no direito de fazer críticas mentirosas e, mais do que isso, não pagar seus tributos. O cara deve IPTU de um imóvel residencial, além de ISS de uma empresa, desde de 2011. Tudo junto dá mais de 125 mil reais. Como um sujeito que não paga seus impostos em dia pode querer ser prefeito de uma cidade? Se eu pudesse dar uma sugestão, diria para ele primeiro deixar a própria casa em ordem para depois cuidar do quintal do vizinho.

Folha – Como o senhor teve acesso a essas informações dos impostos?
Rodrigo Pavane
– Está circulando pelas redes sociais, não é uma coisa que só eu tenha visto. Tem muita gente nessa lista. Inclusive o vereador Edson Secafim foi convocado pela Prefeitura recentemente, pelo Diário Oficial, para comparecer para pagar essa dívida. Quem não acredita em mim é só procurar na internet.

Folha – O senhor ameaçou o vereador Edson Secafim durante a sessão?
Rodrigo Pavane
– Não, eu apenas cobrei dele uma postura correta para que ele deixe de ser demagogo e se preocupe em fazer o trabalho dele como vereador, sem fazer ataques e sem ter que querer pisar nos outros para se destacar. É só pegar quantidade de projetos de lei que ele apresentou desde janeiro de 2017 para ver. É o terceiro pior desempenho, com menos propostas, entre os 17 parlamentares. Um cara assim não pode se achar no direito de usar um palanque, ele tem que pensar em trabalhar mais. Sabe quantos projetos de lei ele apresentou até hoje desde 2017? Só 25, uma média de menos de 10 por ano ou 1 por mês. Muito fraco para querer ser prefeito. Quem não acredita em mim é só entrar no site da Câmara para ver.

Folha – O senhor ameaçou o pré-candidato a prefeito de Campinas pelo DEM, Juan Quirós, e funcionários do gabinete do vereador Campos Filho?
Rodrigo Pavane
– Jamais. Não sou maluco e minha índole não é essa. Eu disse que ele estaria morto politicamente, pelas posturas que tem adotado e pela forma que tem conduzido seus caminhos. Só isso. Mas sempre tem gente que vai querer usar as frases mais fortes para politizar e tirar vantagem. Para ele é ótimo se colocar como vítima nessa história, é até um ganho político para um cara que está esquecido, que não tem espaço para se destacar, que está em segundo plano. Mas eu estou bem tranquilo quanto a isso.

Folha – As informações do boletim que o vereador Secafim registrou são corretas?
Rodrigo Pavane
– Ele exagerou, disse que eu ameacei a família dele, e o que eu disse foi apenas que eu tinha mais informações sobre ele que poderiam abalar a família dele. E eu tenho mesmo. Porque a pessoa não deve usar a demagogia na política e nem com a família, certo? Não adianta pregar o respeito à família, dizer que é um homem de família, quando seu comportamento nas ruas é outro bem oposto a esses valores. Aliás, alguns dos valores que ele prega estão em total desacordo com o que ele faz no seu dia a dia. E ele sabe disso. O vereador sabe do que eu estou falando, mas, do mesmo jeito que o Juan Quirós em Campinas, ele quer mudar o jogo e se colocar de vítima para seguir seu plano de enganar Valinhos e se tornar prefeito da cidade. E sem pagar IPTU.Folha – O vereador acusa você de ter sido contratado pelo prefeito de Valinhos para tal ação. Isso é verdade?

Rodrigo Pavane – É mais uma tentativa de usar a demagogia e a falsidade para se colocar como vítima e atacar quem ele acha que está no seu caminho. Não conheço o prefeito de Valinhos e se for preciso eu também farei críticas ao trabalho dele na hora certa. O que vocês precisam entender é que chegou a hora de barrar a política barata e a demagogia., seja de quem for. E eu estarei atento para ajudar nisso sempre.

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