Opnião

O ‘gostinho’ de infância que é a Festa do Figo

Quem não se lembra das festas do figo de antigamente? Teve até show dos Mamonas Assassinas. Saudosistas dirão inclusive que “aquelas festas de antigamente realmente valiam a pena”. Eu vejo isso com outros olhos (por vezes marejados de melancolia e saudade)…
Quem nunca, quando criança, ao passar pela Avenida dos Esportes ficou ansioso ao ver a montagem dos brinquedos? Aquilo era a promessa dos finais de semana que chegariam. “Pai, mãe, este ano nós vamos na Festa do Figo, né?”. Atire a primeira pedra (ou o primeiro figo) quem não se divertiu – e ainda se diverte – naqueles brinquedos.
A Festa do Figo nos torna valinhenses de fato; ela nos dá uma sensação de pertencimento quase que inexplicável. Afinal quantos de nossos ancestrais batalharam e fizeram a agricultura da nossa cidade? Minha família por exemplo, uma das primeiras famílias negras a pisarem em Valinhos em 1897, fez parte disso.
Mas o tempo passou… A cidade cresceu e a Festa do Figo e Expogoiaba se tornou uma atração de toda Região Metropolitana de Campinas. Conquistamos um espaço que nos é de direito.
E há no clima valinhense um único sentimento: a valorização do que é nosso. Demos o devido espaço – e daqui em diante vou abusar de pronomes possessivos – aos nossos artesãos, aos nossos comerciantes, às nossas bandas e, principalmente, às nossas instituições, tais como APAE Valinhos, Casa da Criança, Patrulheiros, Recanto dos Velhinhos…
Por isso, nunca nos esqueçamos das mãos que fizeram a Festa do Figo chegar a sua 71ª edição; e sigamos dando as mãos àqueles que fazem o presente e o futuro da nossa Valinhos.

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