Valinhos

Valinhos avança na educação inclusiva em 2023

Com aulas de Libras, intérpretes, professoras especializadas e neste ano também com óculos de inteligência artificial, escolas municipais promovem inclusão

A Prefeitura Valinhos avançou no ensino inclusivo em 2023. Além do ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras), das presenças de intérpretes e de professoras especializadas e da realização dos projetos especiais, os alunos e professores com baixa ou nenhuma visão contam com a tecnologia dos óculos inteligentes.

As ações são realizadas desde 2022 pelo Núcleo de Atendimento à Educação Especial (NAEE), da Secretaria de Educação, com o objetivo de garantir que os alunos tenham acesso à educação de qualidade, promovendo a diversidade e a igualdade no ambiente escolar.

“A inclusão de alunos surdos, bem como aqueles com deficiências visuais, apresenta  desafios, pois há a necessidade de adaptar a metodologia de ensino, proporcionar suporte adequado e promover uma comunicação eficaz entre aluno e professor”, destaca o secretário de Educação, William Leite da Silva.

“A linguagem de sinais é uma importante ferramenta utilizada para facilitar a interação e o aprendizado. Ensinar Libras desde cedo às crianças possibilita um mundo mais inclusivo”, afirma a coordenadora do NAEE, Sandra Perlato, que também destaca a atenção aos alunos com deficiência visual. Por meio do uso do dispositivo com tecnologia assistiva, tiveram um salto na qualidade da educação inclusiva.

“Eles passaram a utilizar o equipamento, composto por uma pequena câmera conectável magneticamente a qualquer armação de óculos que converte automaticamente textos em áudio, em qualquer plataforma, reconhece e nomeia rostos, cédulas, produtos e código de barras, além de identificar ambientes, fornecer data e hora, entre outras funções em tempo real”, detalha Sandra.

LIBRAS

Thaís Franchi, especialista em educação especial com ênfase em deficiência auditiva e Língua Brasileira de Sinais, atua na sala de recursos da EMEB Dom Bosco, realizando o Atendimento Educacional Especializado (AEE). “Fornecemos para o aluno o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais por meio de diferentes recursos, como Jogos bilíngues, recursos visuais e atividades adaptadas”, conta Thaís.

Rosângela Ferreira, graduada em Letras/Libras e especialista em Educação Especial Inclusiva, também atua na Sala de Recursos da EMEB Dom Bosco. “Nosso trabalho, ao acompanhar esses alunos, é ensiná-los a Língua Brasileira de Sinais que é de suma importância, pois auxilia na inclusão deles na escola, na sociedade e entre a própria família”, diz a profissional.

Além da EMEB Dom Bosco, a educação inclusiva para surdos está presente em outras unidades, como na EMEB Vicente Marchiori. O trabalho na escola teve como ponto de partida o curso oferecido pela Secretaria de Educação, pelo qual todos os profissionais tiveram acesso à formação em Libras no modelo à distância, via plataforma.

“As atividades acontecem sempre de forma lúdica, envolvendo músicas, vídeos, brincadeiras e muito diálogo sobre a nossa segunda língua oficial. Todos os alunos foram despertados para esse movimento de acessibilidade: Libras é para todos! Ao introduzir a língua no ensino das crianças, elas poderão se comunicar com as pessoas surdas”, conta Ana Cláudia Santos, coordenadora pedagógica da EMEB Marchiori.

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