Valinhense da equipe Lourdes Salgado afirma que os 100 km da TUTAN – que tem altimetria acumulada de 4.500 metros de altitude – foram mais difíceis de ser superados do que os 235 km da UAI, disputada em 2021

O valinhense Marcos Medeiros, 53 anos, participou neste final e semana na cidade de Visconde de Mauá, de mais uma ultramaratona, desta vez ele percorreu os 100 quilômetros da TUTAN – Transmantiqueira – Ultra Trail Agulhas Negras. A prova tinha um tempo de 24 horas para ser cumprida pelos corredores e Medeiros fechou os 100 km do percurso em 21h15.

Segundo os organizadores do evento que começou na quinta-feira, dia 25, com as orientações técnicas das provas e entrega dos kits para os participantes, a  TUTAN é uma jornada pelas terras altas da Mantiqueira, com percursos desafiadores em paisagens fantásticas. “A prova leva os atletas à superarem seu limites, É um desafio transformador”, afirmam.

A bucólica paisagem da Serra da Mantiqueira por onde a prova passou

TUTAN – Transmantiqueira é disputada em área da Serra da Mantiqueira, entre os municípios de Itamonte e Bocaina de Minas Gerais e distrito Visconde de Mauá município de Resende e no município de Itatiaia, no Rio de Janeiro. A característica principal da prova é a autossuficiência de cada atleta. Isso significa que os corredores devem levar todo o seu equipamento, hidratação e alimentação durante a prova e cada um deve ser capaz de solucionar e garantir a sua movimentação pelo percurso determinado, de modo que o atleta resolva sem a ajuda da organização e meios externos os problemas encontrados no ambiente onde acontece a prova, tais como adversidades naturais relacionados com vento, frio e chuva.

A prova dos 100 quilômetros teve largada na cidade de Itatiaia, às 4 horas da manhã do sábado, dia 27. A Folha de Valinhos conversou com Marcos Medeiros neste domingo, dia 28, quando ele ainda estava em Visconde de Mauá.

Acostumado com provas de longas distâncias, como a Ultramaratona Internacional dos Anjos – UAI – em novembro de 2021 na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais, quem tem percurso de 235 quilômetros e que participou ao lado do amigo e companheiro de provas Marcos Pereira (fundador da equipe Lourdes Salgados que faleceu vitima de um câncer em dezembro de 2023), Medeiros afirmou que essa foi uma das provas mais difíceis que já participou.

“É um prova muito difícil. Mais difícil que os 235 quilômetros da Ultramaratona Internacional dos Anjos, a UAI. Exige muito mais. Na UAI que tem a mesma altimetria, mas em um espaço maior, na TUTAN as subidas são insanas. Para se ter uma ideia, de cara precisamos encarar uma subida de 30 quilômetros direto. Você sai de uma subida e diz, que subida difícil. Na sequência vem outra pior”, conta.

Medeiros relata que para realizar uma prova dessa natureza é preciso treinar muito e que estava satisfeito com o tempo que cruzou a linha de chegada em Visconde de Mauá. “Foi mais uma grande experiência na minha vida. Cumpri mais essa missão”, finaliza.

Mais uma medalha para a coleção do ultramaratonista Marcos Medeiros