Reprodução do Canal EBD do Youtube

Agnaldo Roberto Betti, ex-pastor da Assembleia de Deus, foi preso no Jardim Santo Antonio por compartilhar pornografia infantil. Igreja se manifesta e repudia as ações.

Agnaldo Roberto Betti, 58 anos, é o homem preso na tarde de ontem, dia 3, no Jardim Santo Antonio – Valinhos – pelos policiais do 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) pela prática de pedofilia durante o cumprimento do mandado de prisão dentro da Operação Escudo da Inocência, da Polícia Federal.

Agnaldo era pastor na igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Belém de Campinas e também tinha um cana no Youtube com 457 mil seguidores onde oferecia aulas bíblicas. De acordo com a Polícia Federal, Betti já havia sido indiciado neste ano pelo mesmo delito, mas “continuou a adquirir e compartilhar diversos vídeos e imagens de conteúdo de violência sexual infantojuvenil”.

Segundo a polícia o criminoso foi flagrado compartilhando conteúdo pornográfico envolvendo crianças e, ao notar a presença policial, tentou apagar as provas do crime de pedofilia cibernética, mas foi detido.

A investigação da PF que levou à prisão do pastor faz parte da Operação Escudo da Inocência, com o objetivo de proteger crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual.

Agnaldo foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal e, após os procedimentos legais, deve ser encaminhado ao sistema penitenciário, onde vai aguardar os demais trâmites da 9ª Vara Federal de Campinas.

Direção da Assembléia de Deus se manifesta através de Nota

Em Nota assinada pelo pastor Paulo Roberto Freire da Costa, presidente da IEADCAMP, a Igreja afima que “repudia, veementemente, qualquer comportamento que contrarie os princípios e regras de fé da Bíblia Sagrada e, especialmente, que implique em violação da infância”. Abaixo a [integra da Nota.

A Diretoria da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Ministério do Belém em Campinas/SP, vem a público, em face das notícias veiculadas nesta data sobre a prisão de Agnaldo Roberto Betti, sob suspeita de compartilhamento de pornografia infantil, esclarecer que repudia, veementemente, qualquer comportamento que contrarie os princípios e regras de fé da Bíblia Sagrada e, especialmente, que implique em violação da infância.

Esclarece, ainda, que o envolvido, apesar de integrar o quadro de membros e do vínculo eclesiástico como Ministro do Evangelho da IEADCAMP, já não atua com funções pastorais, seja no templo sede ou em suas filiais, desde março de 2017, tendo optado por exercer um ministério pessoal itinerante, mantendo, ainda, um canal particular na internet, com milhares de seguidores.

Também esclarece que a IEADCAMP, por sua Diretoria, desconhecia qualquer investigação ou indiciamento anteriormente aos fatos hoje divulgados.

Em vista da prisão e notícias veiculadas, informa que o envolvido está suspenso do rol de membros e do cargo eclesiástico, até que se apure definitivamente os fatos, aguardando-se a devida atuação das autoridades policiais e judiciais competentes, resguardado o direito de defesa e contraditório, inclusive em procedimento administrativo que deverá tramitar nos órgãos jurídico e eclesiástico da IEADCAMP, na forma do seu Estatuto.

Por fim, a Diretoria da IEADCAMP solidariza-se com as vítimas dos fatos anunciados, bem como com a família do envolvido, que também é vitimizada pela conduta ora revelada, conclamando que os mantenhamos a todos em nossas orações.