Valinhos

Mais de 1,3 mil doses de vacina contra a dengue já foram aplicadas em Valinhos 

Imunização é feita em todas as UBS’s para faixa etária de 10 a 14 anos

Valinhos somou esta semana, dois meses após o início da vacinação contra a dengue, 1.384 doses aplicadas. Iniciada no dia 11 de abril, a imunização ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) para a faixa etária da estratégia incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI), que é de 10 a 14 anos.
A Secretaria da Saúde ainda utiliza do primeiro lote de vacinas retirado no Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) Campinas, no dia 9 de abril, e tem disponível cerca de 450 doses.

A vacinação contra a dengue ocorre de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h, e das 13 às 15h, em todas as UBSs, com exceções de quatro unidades. Na Vila Santana, que não tem intervalo para o almoço, a imunização é das 9 às 15h. Já nas unidades do Jardim São Marcos, Jardim Paraíso e Bom Retiro, a vacinação também não tem intervalo para o almoço, e ocorre das 9 às 18 horas.

Segundo a Secretaria da Saúde, para ser vacinado o adolescente precisa estar acompanhado dos pais ou responsáveis e precisa apresentar documentos – RG, CPF, Cartão Nacional do SUS, Carteirinha de Vacinação, comprovante de endereço no nome de um dos pais.

Após a aplicação da vacina os adolescentes imunizados ficarão em observação por 15 minutos se não tiver nenhum tipo de alergia e se forem alérgicos por 30 minutos.

CUIDADOS E REGRAS

A Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Valinhos, Cláudia Maria dos Santos, explicou que as equipes de enfermagem de todas as UBSs participaram de treinamento para atuar na imunização contra dengue. A vacinação contra a doença exige uma série de cuidados e regras antes da aplicação.

“Antes de ser vacinado o paciente é questionado se está com alguma doença febril aguda, e se sim, a imunização é adiada. Pessoas com doenças crônicas também serão questionadas sobre o tratamento que está sendo feito, por exemplo, se é com corticoide em doses muito altas ou quimioterapia. Nestes casos, não será permitida a imunização, pois a vacina contra dengue é de vírus atenuado, ou seja, enfraquecido e não é recomendada para quem passa por tratamentos com substâncias imunossupressoras, que interferem na imunidade”, detalhou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde.

Outra condição para a imunização, de acordo com Cláudia, é de que as jovens com potencial para engravidar deverão evitar a gravidez por pelo menos 30 dias após receber a vacina. A vacina contra dengue também é contraindicada para jovens que estejam amamentando, assim como para portadores do vírus HIV, quando a função imunológica estiver comprometida.

2ª DOSE

Sobre as doses destinadas para a aplicação da segunda dose o envio será posteriormente, segundo a nota técnica enviada pelo Ministério da Saúde à Prefeitura Municipal, recomendando três meses para completar o esquema da vacinação considerando os registros da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

DECRETO

Desde 21 de março Valinhos está em estado de emergência para que possa adotar todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento do número de casos de arboviroses no município, que está com 5.217 casos confirmados, além de quatro óbitos confirmados por dengue e 10 em investigação.

MAIS AÇÕES

A Secretaria está com várias ações para conter o avanço da dengue. Entre elas:
* Atendimento no Centro de Atendimento e Diagnóstico da Dengue, que funciona desde o dia 10 de abril, na Santa Casa, assim como na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Unidade de Pronto Atendimento Infantil (Upinha).
* Trabalho casa a casa com vistoria e orientações para prevenção da dengue;
• Vistoria periódica em pontos estratégicos (borracharias, ferros velhos, etc) e imóveis especiais (bancos, escolas, etc);
• Coleta e identificação de larvas;
• Busca ativa e controle de criadouros, aplicação de larvicida e orientação técnica para eliminação de criadouros do vetor;
• Atendimento a solicitações de munícipes, pelo sistema 156, e-Ouve, 1Doc;
• Nebulização com inseticida em áreas com transmissão desencadeada, de acordo com dados epidemiológicos e seguindo critérios técnicos;
• Palestras preventivas e educativas nas escolas, empresas, comércios e eventos;
• Participação em eventos para divulgação e educação ambiental;
• Capacitação e atualização da equipe de trabalho quanto a doença e o vetor;
• Investimento nos meios de comunicação (mídias sociais, jornais, rádios, carro de som, faixas, etc.) com orientações à população;
• Mutirão de trabalho em imóveis fechados aos sábados e horários estendidos;
• Utilização de Drone, para ajudar na vistoria em imóveis de difícil acesso

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