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Partidos americanos prontos para os holofotes nacionais das convenções

Mulher vibrando em meio a confetes e balões vermelhos, brancos e azuis (© Mark Kauzlarich/Reuters)

Por SHAREAMERICA

Partidos anunciam formalmente seus candidatos e reúnem seus apoiadores em convenções nacionais realizadas à medida que a temporada das eleições presidenciais se torna mais intensa (© Mark Kauzlarich/Reuters)

Democratas e republicanos realizarão em breve convenções nacionais para anunciar formalmente seu candidato à Presidência em 2024, em uma tradição que visa unificar os partidos e criar um impulso antes da eleição de novembro.

A Convenção Nacional Republicana está programada para 15 a 18 de julho em Milwaukee. Os democratas realizarão sua convenção nacional em Chicago de 19 a 22 de agosto, mas planejam nomear seu candidato em uma votação virtual * antes dessa data. Espera-se que cada uma das convenções atraia 50 mil pessoas, bem como milhões de espectadores de TV, dando aos candidatos um fórum nacional para se conectar com os eleitores.

As convenções políticas dos EUA têm evoluído significativamente desde que começaram a ser realizadas na década de 1830. Diferentemente das convenções de séculos passados, democratas e republicanos já definiram seus candidatos por meio de uma série de eleições primárias e prévias em nível estadual.

No entanto, especialistas dizem que as convenções nacionais continuam sendo uma parte importante da temporada eleitoral dos EUA. Além de anunciar formalmente seu candidato, os partidos terão a oportunidade de esclarecer posições sobre questões importantes e planejar temas de mensagens para a campanha, diz Alex Keyssar, professor de História e Política Social na Universidade de Harvard.

À esquerda: pessoas segurando cartazes dos EUA (© Jim Young/Reuters); à direita: balões vermelhos, brancos e azuis caindo sobre as pessoas (© Jae C. Hong/AP)

De acordo com Barbara Norrander, professora de Governo e Políticas Públicas da Universidade do Arizona, a definição de uma plataforma de políticas na convenção ajuda a unir os partidos após campanhas primárias muitas vezes contenciosas. “As convenções se tornaram uma forma de curar as feridas e reunir as tropas”, diz ela.

Terceiros partidos, como o Partido Libertário e o Partido Verde, também realizam convenções. E candidatos independentes podem fazer petições aos estados visando entrar na cédula de votação para uma eleição presidencial.

Os dois principais partidos também testam as estrelas em ascensão sob os holofotes nacionais da convenção. Sarah Palin ganhou destaque nacional quando discursou na Convenção Nacional Republicana de 2008 como candidata a vice-presidente do partido. E os ex-presidentes Barack Obama e Bill Clinton discursaram nas Convenções Nacionais Democratas quatro anos antes de se tornarem os candidatos presidenciais do partido.

Talvez a característica mais significativa das convenções nacionais modernas seja o fato de os partidos “energizarem e mobilizarem seus apoiadores” diante de um público nacional, disse Bruce Oppenheimer, professor de Ciências Políticas da Universidade Vanderbilt.

É também quando muitos eleitores dos EUA começam a prestar muita atenção na disputa, de acordo com David Schultz, professor de Ciência Política e Estudos Ambientais e Jurídicos da Universidade Hamline em St. Paul, Minnesota.

“É o notório toque do sino”, diz ele. É hora de “observar e prestar atenção”.

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