Brasil e Mundo

Grandes Bancos desenvolvem ETF para financiamento sustentável na Amazônia

Iniciativa visa democratizar investimentos sustentáveis e promover a diversificação de investidores antes da COP 30 em 2025

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil (BB) e a CAIXA Econômica Federal (CAIXA) pretendem desenvolver um novo ETF (Exchange Traded Fund), operado na B3, como alternativa de financiamento para investimentos sustentáveis na Amazônia.

O ETF Amazônia para Todos buscará democratizar o acesso a investimentos sustentáveis, combinando o uso de recursos com incentivos baseados em resultados e promovendo a diversificação e o aumento da base de investidores nos mercados doméstico e internacional.

O objetivo é lançar as bases para que a criação e a distribuição das cotas do ETF no mercado de capitais ocorram antes da COP 30, que será realizada em Belém, no Pará, em 2025.

Com o objetivo de desenvolver os estudos do ETF Amazônia para Todos, uma carta de intenções foi assinada hoje pelo presidente do BID, Ilan Goldfajn, o vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania Digital da CAIXA, Paulo Rodrigo Lopes, representando o presidente Carlos Vieira, o vice-presidente de Negócios Governo e Sustentabilidade Empresarial, José Ricardo Sasseron, representando a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e pela diretora de Pessoas, Gestão e Operações do BNDES, Helena Tenorio, representando o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.

O novo fundo, cujos recursos de sua carteira de ativos de renda fixa do BNDES, BB e CAIXA têm como objetivo alocação em empréstimos sustentáveis na Amazônia do Brasil, replicará um novo índice de referência a ser criado.

O instrumento foi escolhido como veículo para captar recursos por permitir acesso igualitário ao pequeno e ao grande investidor, e por sua liquidez, já que as cotas são listadas em bolsas de valores. Estima-se que estarão acessíveis para compra e venda por qualquer pessoa física ou jurídica, com valores ao redor de R$ 100,00.

A transparência é outro ponto positivo, uma vez que a composição da carteira é tipicamente divulgada diariamente pelo provedor do índice, permitindo que o investidor saiba exatamente em quais ativos está investindo.

Além disso, a ampla utilização de ETFs no mercado internacional tende a facilitar a promoção e distribuição deste instrumento através de plataformas globais de investimentos.

 “O BID, há um ano, lançava o seu programa holístico Amazônia Sempre. Hoje, com nossos parceiros, anunciamos o plano para o ETF Amazônia Para Todos, que permitirá democratizar o investimento para a Amazônia e investir em um futuro sustentável para a região. Com este novo instrumento estamos dando mais um passo para que a Amazônia esteja conosco para sempre”, disse Goldfajn.

“Essa cooperação, visando reunir esforços em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia, a partir de um instrumento inovador no mercado de capitais brasileiro, reforça o compromisso do BNDES com a agenda COP 30. No governo do presidente Lula, o BNDES cumpre o seu papel histórico, com transparência e competência, como ator fundamental na promoção da inovação e da sustentabilidade na economia brasileira”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, destaca a importância da atuação conjunta com diversos atores sociais. “Esse é mais um exemplo da nossa atuação prática e consistente em ASG e se soma a tantas outras iniciativas, como a adesão à Coalizão Verde, quando firmamos essa aliança com bancos de desenvolvimento para potencializar atividades produtivas inclusivas. Estamos entregando um investimento cujo retorno não é apenas financeiro, já que estamos construindo, hoje, um futuro mais promissor, justo e ambientalmente responsável”, afirma a presidente do BB. “Desta forma, esse ETF é um convite para que nossos clientes investidores se juntem a nós na busca por uma economia mais sustentável”, complementa Tarciana.

Para o presidente da CAIXA, Carlos Vieira, “essa iniciativa mostra como a cooperação pode trazer benefícios permanentes para a sociedade, principalmente quando falamos em investimentos sustentáveis. Das agência-barco do banco a instrumentos financeiros como esse ETF, a CAIXA intensifica sua atuação para medidas efetivas que realmente causem impacto no desenvolvimento da região amazônica e sua população”, comenta Vieira.

 “Acreditamos que com investimento e inovação, como a seleção de projetos demonstrativos de bioeconomia e fortalecimento da sociobiodiversidade em todos os biomas e de projetos com soluções inovadoras de moradia sustentável para Amazônia, a CAIXA pode contribuir para o Brasil encontrar soluções práticas para desafios como as mudanças climáticas, a transição energética, o agronegócio sustentável”, completou.

Os estudos para desenvolver o instrumento serão conduzidos de forma colaborativa pelo BNDES, BB e CAIXA, contando com o apoio técnico e financeiro do BID. Essa parceria também está alinhada aos objetivos da Coalizão Verde, aliança internacional de bancos públicos de desenvolvimento lançada no ano passado para promover iniciativas conjuntas para o desenvolvimento sustentável da região amazônica.

 

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