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Planejamento Familiar é destaque no encontro dos secretários municipais de Saúde do Estado de SP
Programa acontece em Indaiatuba desde 2018 e tem resultados significativos na saúde pública
A Prefeitura de Indaiatuba foi destaque no encontro dos secretários municipais de Saúde do Estado de São Paulo realizado em Santos no último dia 18 de abril. O Programa de Planejamento Familiar foi apresentado pelo coordenador, Dr. José Pedroso, que mostrou índices significativos no impacto na saúde pública. Desde sua implementação, o Programa reduziu 35% o número de casos de gravidez na adolescência que gerou uma economia de mais de R$ 5,7 milhões.
O Programa de Planejamento familiar aborda ações preventivas e educativas, infertilidade, métodos contraceptivos, conceptivos e anticoncepção de emergência e em situações especiais, tanto para mulheres, quanto para homens. É através deste programa que a laqueadura e a vasectomia são trabalhados no ambiente familiar, para que o casal tenha a plena consciência do que estão solicitando. Após uma bateria de reuniões e encontros o procedimento pode ser autorizado e realizado no sistema público de saúde.
Outro programa que pertence à equipe de Planejamento Familiar é o Programa Indaiatubano para Redução da Gravidez na Adolescência, que tem como público alvo alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas com a faixa etária de 14 a 19 anos. O objetivo é orientar adolescentes sobre saúde sexual saudável com enfoque no crescimento e desenvolvimento humano, formando indivíduos maduros e capacitados para viver naturalmente sua sexualidade de forma consciente e responsável reduzindo os índices de gravidez não planejada e de infecções sexualmente transmissíveis no município.
Para o médico e vice-prefeito, Dr. Túlio Tomass do Couto, que também é o idealizador do Programa, o impacto da gravidez na adolescência gera não apenas um problema de saúde, mas um problema social que atinge sua educação. “Segundo estudos, apenas 15% das adolescentes continuam na escola após a maternidade e 60% das mães adolescentes não estudam e não trabalham. Esse dado tem impacto na escolaridade dessas mães que acabam não fechando o ciclo escolar, o que atrapalha para que no futuro essa mulher consiga uma colocação no mercado de trabalho, vivendo de auxílio familiar ou de programas do Governo Federal, sem uma independência própria”, comentou. “Dados apontados pelo DataSus mostram que as principais causas de internação hospitalar entre adolescentes do sexo feminino de 10 a 19 anos, é por motivos que envolvam a gravidez, parto e puerpério, com mais de 45% dos registros. Entre mulheres de 15 a 19 esse número aumenta ainda mais, para 58%”, alertou Dr. Túlio.
O fluxo de trabalho das equipes da Secretaria de Saúde acontecem com base em dois nortes, a procura espontânea na unidade de saúde de referência ou através de contato em uma das palestras nas escolas de ensino médio públicas e privadas. A partir deste contato, há o acolhimento pela psicóloga e pela enfermeira do programa para que aí sim, haja a inserção dos dispositivos pela equipe médica no Programa de Redução da Gravidez na Adolescência.
Em cinco anos do programa a Secretaria de Saúde estima uma economia de mais de R$ 5,7 milhões com a redução de casos de gravidez em mulheres adolescentes, que se fosse corrigido pela inflação do período chegaria a R$ 7,9 milhões em economias aos cofres públicos.